10 de February de 2007

Nove Graus de Separação Circular

Vladimir Dubissarsky & Alexander Vinogradov, que fazem arte contemporânea, como Franz Ackermann, que é alemão, como
Adolf Hitler, que era vegetariano, como
Andrei Tarkovsky, que era russo, como
O Dalai Lama, que é um líder religioso, como
Béla Tarr, que faz filmes que ninguém parece conseguir entender, como
O Papa João Paulo II, que falava espanhol, como
Amon Tobin, que contribuiu para a cinematografia húngara, como Alex Trochut, que tem um nome que não indica que ele é de onde ele vem, como

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1 de February de 2007

Non-Format

Non-Formaté um time de criadores composto por Kjell Ekhorn (Norueguês) and Jon Forss (Inglês). Eles trabalham num gama de projetos que inclui direção de arte, design e ilustração para a indústria da música, artes e cultura, moda e propaganda. Eles também dirigiram uma revista mensal sobre música, chamada The Wire, entre 2001 e 2005” (traduzido do site).

De fato, a quantidade de trabalho que fazem é impressionante. Então, não importa muito o que voê goste, vai acabar achando alguma coisa interessante no site deles (o que não é necessariamente bom, nem ruim). Alguns destaques:

Trabalham com projetos para televisão:

Non-Format

Fazem fontes de estilos diferentes:

Non-Format

E mais:

Non-Format

Essa última é muito boa, especialmente levando em consideração que eles se auto-intitulam designers (ou será que não?):

Non-Format

Isso é só uma pequena amostra. Eles ainda fazem: design de interiores, embalagens, outdoors, exposições, catálogos, websites, folders, revistas, fotografia… Para mais: http://www.non-format.com/ (a única merda é a quantidade de propaganda que você acaba sendo obrigado a ver).

Filed by rhwinter at February 1st, 2007 under design, tipografia
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10 de January de 2007

Ed Ruscha

Até o dia 22 de Janeiro, o Norton Simon Museum vai abrigar uma exposição de Ed Ruscha chamada “Ooo: Early Prints by Ed Ruscha“.

City -1968
‘City’ – óleo sobre tela (1968)

O período coberto pela exposição é aquele no qual ele produziu uma série de óleos sobre tela com nada (ou quase nada) além de palavras que ele vinha desenvolvendo desde 1966 (pelo que consta no site oficial com um grande catálogo de obras dele). Os quadros mostrados aqui são uma pequena seleção das muitas coisas interessantes que estão por lá. O que ele faz com as cores é impressionante. E a técnica desenvolvida para representar os líquidos chega a ser assustadora.

Ruby - 1968
‘Ruby’ – óleo sobre linho (1968)

Segundo a Artforum:

Durante a sua parceria de dois meses com a Tamarind Lithography Workshop de Los Angeles em 1969, Ed Ruscha cultivou suas imagens de “palavras líquidas”, um tema que ele tinha explorado com pinturas desde três anos antes. Essas imagens, algumas baseadas em arranjos que ele fazia em estúdio, apresentam palavras curtas, normalmente monossilábicas, como EYE ou AIR, representadas por manchas de liquídos sobre fundos de cores sólidas. Quatorze desses trabalhos estão na exposição e mostram tanto a destreza técnica de Ruscha quanto a sua perspicaz arte gráfica, enquanto evidenciam seu interesse por linguagem e seu humor tipicamente norte-americano.

Lisp - 1968
Lisp’ – óleo sobre tela (1968)

O que é mais interessante é descobrir que existia já nessa época um tipo de trabalho de desenho de fontes ligado a arte contemporânea. É claro que o trabalho de Ruscha está ligado a Pop Art, mas mesmo o que se fazia popularmente (em propagandas e similares) não tinha essa aparência. Mais ainda, todo o trabalho de criação de fontes que era feito desde o começo do século estava muito mais ligado ao design. É interessante notar também como a estética (cores, formas e ‘efeitos visuais’) são dignos de um trabalho feito hoje em um computador, especialmente a busca por texturas ‘reais’ que criem objetos que necessitam de muito trabalho para serem feitos de verdade, apesar do processo ‘virtual’ ser muito mais complicado. Essa é exatamente a tendência da computação gráfica (especialmente 3D): o retorno a (e incorporação de) uma estética orgânica através do aprimoramento de técnicas mecânicas.

Desire - 1969
Desire’ – óleo sobre tela (1969)

Além disso, vale notar a proximidade com as questões colocadas pela lingüística e as relações signo-significado-significante, incorporadas tão sutilmente que podem até passar desapercebidas. E por falar em desapercebidas, alguns detalhes das pinturas não poderão ser apreciados por nós meros internautas, aparentemente (e isso dá pra ver pelo resto dos quadros) Ruscha era bem detalhista, e colocava pequenos elementos (moscas, partículas e outros corpos estranhos de tamanhos diminutos) como alívios cômicos e para suscitar outros significados às suas já simples e complexas obras.

Outros links

O ‘National Gallery of Art‘ de Washington tem uma discussão detalhada de uma outra versão de “lisp” (que significa ‘fanho’) com 21 páginas (em inglês); por acaso é interessante comparar o trabalho com a fonte da revista Globe, editada em 1937!
Outro trabalho de desenho de fontes que tem um certo aspecto orgânico é o de Ralph Steadman que ilustra o livro The Curse of Lono” escrito por Hunter S. Thompson.
Outro ainda é a série “Things I learned in my life so far” de Stefan Sagmeister (uma figura importante no mundo do design gráfico).

Filed by rhwinter at January 10th, 2007 under arte, pintura, tipografia
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