15 de December de 2008

Textos sobre a 28ª Bienal de São Paulo

Website Oficial: http://www.28bienalsaopaulo.org.br/

Extra “Bienal ETC.”, projeto de Fernando Oliva que reune ensaios inéditos sobre a 27a Bienal: http://www.canalcontemporaneo.art.br/arteemcirculacao/archives/000993.html

Mais sobre a 27a aqui: http://forumpermanente.incubadora.fapesp.br/portal/.imprensa/fundacao-bienal-onde-esta-a-transparencia

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9 de December de 2008

Emulgator is good for your health

Muito bom esse!
“Is Good For You. Oh, so good!”

Enjoy:
http://www.emulgator.net/

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8 de December de 2008

Mapa das galerias de arte de São Paulo

Mapa com algumas das principais galerias de arte de São Paulo, inclui alguns endereços de websites delas.

Ver mapa maior

http://www.barocruz.com/main.php
http://projetoobra.com.br/
http://dangaleria.com.br/
http://www.raquelarnaud.com/
http://www.galeriavirgilio.com.br/
http://www.galerialeme.com/
http://www.galeriamillan.com.br/
http://www.galerialuisastrina.com.br/
http://www.casatriangulo.com/
http://www.nararoesler.com.br/
http://www.britocimino.com.br/
http://www.galeriavermelho.com.br/
http://www.fortesvilaca.com.br/
http://www.galeriarosabarbosa.com.br/

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27 de April de 2007

“Bip bip”

Caso você entenda inlês, sugiro que leia esse texto na língua na qual foi originalmente escrito.

Hoje uma pequena nave pousou na minha cabeça. É claro que eu não me dei conta imediatamente. Vinha descendo a rua e senti uma espécie de picada. Uma dessas tão incrivelmente aborrecedoras que obrigam a pessoa a parar o que quer que esteja fazendo só pra tentar coçá-la ou fazer qualquer outra coisa o mais rápido possível.

E foi exatamente isso que fiz. Primeiro pensei que era um mosquito, desses que tem por aí. Mas a picada estava doendo demais, o que me levou a concluir que devia ser uma outra coisa, provavelmente uma abelha.

Na verdade cheguei a essa conclusão durante os instantes nos quais a minha mão atravessava o espaço entre a posição onde estava e o local na minha cabeça onde tinha sentido a picada. (Por que isso importa?) Essa decisão fez com que o meu braço desacelerasse e a minha mão atingiu o alvo muito menos violentamente do que achou que ia quando saiu em direção a ele. Mas nada disso importou, talvez porque eu não tenha chegado a conclusão de que poderia ser uma abelha rapido o suficiente, ou então porque meu braço não é bem treinado para realizar o movimento que lhe foi pedido.

Não, não importou: o que quer que fosse, foi esmagado na hora em que a palma da minha mão chegou. Eu sentia que estava esmagado, mas também sentia que era diferente do que estava esperando. Tão diferente, pra ser sincero, que demorei ainda mais do que da outra vez para chegar a uma conclusão: na realidade não era uma abelha, nem um inseto, muito menos algo orgânico, parecia metálico. “Talvez papel alumínio” pensei que poderia dizer enquanto pensava em mim mesmo contando a história mais tarde. Mas nem isso era totalmente verdade; conforme aproximei essa coisa dos meus olhos pra analisá-la melhor, não foram eles, mas meus ouvidos que não acreditaram: eu podia ouvir um sutil som vindo dessa coisa, que, agora tão perto dos meus olhos, podia ver e descrever como um estranho pequeno pedaço de batata cozida escapando o seu invólucro original de papel alumínio.

Não me lembro muito bem o que aconteceu depois, mas tenho quase certeza que ouvi o som incrivelmente agudo que me lembrou aquele que raramente fazem os carros quando os pneus derrapam no chão de um jeito muito específico. Ainda assim, o ruído era muito sutil, e ficava cada vez mais sutil conforme passava o tempo em que eu simplesmente ficava ali parado sem fazer nada.

A essa altura, de alguma forma, eu já tinha bastante clareza do que estava acontecendo: uma espaçonave do tamanho de um grão de arroz, provavelmente depois de ter viajado mais tempo do que vale a pena mencionar, chegou à Terra e pousou na minha cabeça; mas, antes de poder fazer qualquer outra coisa, eu a esmaguei sem nenhum remorso ou conhecimento das minhas ações. Imediatamente me senti culpado (mas, devo admitir, muito menos do que deveria, considerando a situação).

Eu ainda não tinha a menor idéia do que deveria fazer, então acho que fiz o que qualquer um faria nessas condições: fechei a mão, tomando cuidado pra não destruir mais ainda a nave, e corri pra casa o mais rápido que pude. É difícil explicar, agora que penso nisso com mais clareza, mas pensei na hora que, de alguma forma, estaria mais bem equipado em casa para ajudá-los se estivéssemos em casa.

O que é ainda mais difícil de explicar é como eu, sem perceber, deixei o negócio cair no chão enquanto corria e cheguei em casa com nada mais do que um rosto mais suado do que eu tinha tido em anos e uma mão vazia. É verdade.

Esse curtíssimo conto é parte de uma série de contos nunca antes publicada (e, provavelmente, inpublicável) simplesmente pois foram escritos, serialmente, por ninguém menos que eu (que nunca se deu ao trabalho de publicá-los).

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13 de April de 2007

Gift

Gift

Imagem maior e com melhor resolução


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11 de April de 2007

“Quantas pessoas moravam ali?”

Caso você entenda inlês, sugiro que leia esse texto na língua na qual foi originalmente escrito (e não o portuglês abaixo).

“Quantas pessoas moravam ali?” ela se perguntava outra vez. E essa não era a primeira vez que se perguntava e também não seria a última. Na verdade a primeira vez que pensou nisso foi há muito tempo, e a última seria só num futuro muito longínquo, minutos antes de morrer. Mas mesmo antes da primeira vez que pensou nisso outros já tinham se perguntado a mesma coisa. “Quantas pessoas moravam ali?” uma questão aparentemente muito simples, mas que pode ter uma surpreendente variedade de respostas. Mas não é agora que nenhuma delas será descoberta. Na verdade nenhuma delas jamais seria descoberta, pois ela, que se perguntava, não era capaz de responder, nem podia ajudar outros a fazê-lo. Transtorno de personalidade múltipla é, realmente, uma merda.

Esse curtíssimo conto é parte de uma série de contos nunca antes publicada (e, provavelmente, inpublicável) simplesmente pois foram escritos, serialmente, por ninguém menos que eu (que nunca se deu ao trabalho de publicá-los).

Filed by rhwinter at April 11th, 2007 under arte, conto
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9 de April de 2007

Капитал (Capital)

Provavelmente o melhor vídeoclipe que assisti em anos (por mais de um motivo). Quem toca é Lyapis Trubetskoy (ou Ляпис Трубецкой) e ele vem da Bielorússia! (o site oficial parece estar fora do ar, o que nos previne de saber mais sobre quem ele(s) é/são).

Capital 01

Capital 02

Há ainda mais imagens aqui, caso você ainda não esteja convencido!
Os caras que fizeram esse clipe dizem ter inventado o bullet-time. Malucos, com certeza. O site está em russo ou inglês (apesar das coisas que estão lá não chegarem nem aos pés desse clipe aqui).

Ah, e eu não faço idéia sobre quê o cara está cantanto, mas vou descobrir. De qualquer forma, acho que ele dá inúmeras dicas…:

Capital 03 - Saddam Capital 04 - Mahmud Capital 05 - Kims

De acordo com um comentário no youTube a letra diz:

Eu janto
Barras de ouro
Sobremesa de diamante
Com creme de petróleo

Meu nome é belzebu
Mestre da estratosfera
Eu sou muito legal
Me respeite infinitamente

Na minha mão esquerda Snickers
Na direita Mars
Meu gerente de relacões públicas é Karl Marx

Eu janto cidades
Eu bebo mares
Minha barba cobre os céus
Raios e trovões,
Neblinas e chuvas
Ministros e líderes
Beijam minhas botas

Mais Links

Capital 06

[via motiongrapher]

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“Fred”

Caso você entenda inlês, sugiro que leia esse texto na língua na qual foi originalmente escrito.

É verdade que a televisão estava ligada e que, dentro dela, essas pessoas que chamamos de celebridades estavam falando sobre os assuntos que menos interessavam a Fred. Mesmo assim, sua mente se ocupava com uma coisa. Uma única coisa. Uma pequena coisa. Uma única pequena coisa.

É bom interromper essa abordagem antes que ela comece a se arrastar demais. Por isso uma explicação se faz necessária nesse ponto. E não é de se admirar que essa explicação seja sobre o funcionamento do televisor. A maneira mais simples de ver as coisas é: a t.v. consiste em uma tela sensível a elétrons e um canhão desses últimos (i.e. elétrons). Conforme o canhão ejeta elétrons, esses desgraçados de vida curta atingem a tela um por um e são transformados em luz que é, inevitavelmente, emitida em direção a quem quer que esteja sentado em frente a todo esse maravilhoso aparato (não que seja possível sentar em frente a uma parte do aparato, a menos que ele esteja desmontado; mas isso não importa agora). O que realmente importa é que essa tela é feita de tal forma que é dividida em vários pequenos quadrados, cada um com uma certa cor, desenhados especificamente para serem atingidos pelos elétrons mencionados anteriormente. Esses pequenos quadrados são, por uma razão não importante agora, chamados pixels.

E era exatamente isso que prendia toda a atenção de Fred: um único pixel na sua televisão. Nem os inquestionavelmente altos sons, vozes, música ou os eventuais burricos selvagens podiam atrapalhar sua concentração. Não mesmo.

Conforme ele olhava para esse pixel específico ele podia ver como ele ligava e desligava, como ele rapidamente mudava, como, por nenhum motivo aparente, ele fazia todas essas coisas sem nem ter que pensar sobre elas.

E isso, pensava Fred, ainda fixando sua sua inabalável atenção naquele pixel, era realmente algo a se pensar. Realmente era.

Esse curtíssimo conto é parte de uma série de contos nunca antes publicada (e, provavelmente, inpublicável) simplesmente pois foram escritos, serialmente, por ninguém menos que eu (que nunca se deu ao trabalho de publicá-los).

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23 de March de 2007

‘Folha de S. Paulo’ feita a mão

'Folha de São Paulo' feita a mão

Esclarecimento

Essa imagem possui dois elementos principais que permitem a compreensão da motivação para que fosse feita: primeiro ela é, claramente, um desenho feito a mão; segundo, e isso pode não ser muito claro pra quem não mora no Brasil (ou em São Paulo), ela representa a primeira página de um grande jornal local. Isolados esses dois elementos já é possível ter uma idéia das questões que vão ser levantadas, especialmente se levarmos em conta o fato da imagem estar sendo publicada nesse espaço. (Quero deixar bem claro que a edição específica escolhida para o desenho não interessa muito, não houve intenção de abordar as notícias ou o contexto apresentados no jornal).

O fato de o desenho ser feito a mão evoca as relações complicadas (e muitas vezes altamente simplificadas de maneira dualística) entre homem e máquina e as criações geradas por essas relações. Mais especificamente, me interessam as relações mediadas por computadores em oposição àquelas mediadas por meios tangíveis, nesse caso: blogs em oposição a jornais (ou mesmo periódicos impressos em geral). São de particular importância os fatos de blogs poderem ser criados por pessoas quaisquer, serem tendenciosos e parciais e, mais ainda, serem abertos a discussões. É através dessas discussões que os blogs incentivam interações diretas, ainda que bastante limitadas, já que blogs existem num meio ao qual muitas pessoas ainda não tem acesso.

Jornais, por outro lado, estão em toda a parte e não provêem canais tão diretos de comunicação (entre quem escreve e quem lê). Talvez seja por isso que eles adquiriram um caráter quase sobre-humano, que chega a reger o quê, quando e como devemos pensar. A seriedade que envolve os jornais, conferida tanto pela sua apresentação quanto pelos temas que abordam, fazem com que pareçam muito mais distantes das pessoas, quase inteiramente feitos por máquinas e com a intenção de revelar uma espécie de verdade absoluta. O jornal deve convencer o leitor que a sua leitura é valiosa e útil (isso, é claro, também está associado ao fato de jornais serem produtos, que devem ser vendidos e comprados). É exatamente o jogo entre a importância do que é apresentado no jornal e o fato de sabermos que são o resultado do pensamento de pessoas que evidencia caminhos para sua desconstrução, por exemplo: torna-se óbvio que jornais também são tendenciosos e parciais, já que são o produto de quem os faz. Os jornais carregam uma contradição entre sua proposta (evidenciar fatos) e o modo de alcançá-la (uma análise da realidade levada a cabo por pessoas).

Essa contradição, obviamente, não é evidenciada pelos próprios jornais: um jornal não publicaria uma edição com uma capa inteiramente feita a mão. Essa impossibilidade não é resultado de dificuldades técnicas: uma equipe muito mais capacitada que eu poderia fazer esse desenho (e de forma muito mais interessante). O problema é que o desenho de uma capa feita a mão não faria sentido em um jornal. E esse é um aspecto importante da discussão que quero levantar: quais são as coisas que fazem sentido em um jornal? Quais são as coisas que fazem sentido em um blog? Como é que as limitações envolvidas na criação de cada um deles determinam seus conteúdos?

A liberdade de tópicos que podem ser abordados em um blog é inegável: não há editor, não há necessidade de revisar conteúdo, praticamente não há fronteiras nem necessidade de agradar a ninguém. Isso é uma grande evidência de um certo egoísmo que permeia a existência dos blogs; apesar deles serem vistos e pensados como uma maneira de aproximar pessoas. Não que os jornais não tenham esse egoísmo, mas eles costumam ser muito mais ligados à uma ideologia, à uma conduta corporativa que dita mais ou menos uma forma de pensamento. De certa forma, jornais expressam um “egoísmo coletivo”, já que se preocupam com aquilo que importa a todos os seus leitores/compradores.

Quando comparamos jornais e blogs, uma outra grande diferença que podemos notar é que blogs mudam, ou seja, eles podem mudar (e muito) as idéias que apresentam de acordo com a disposição e flexibilidade que o autor confere a si mesmo (correndo o risco de perder seu crédito). Blogs são fluidos, eles estão em constante transformação, o próprio meio no qual existem permite que sejam modificados de uma maneira inacessível para jornais: uma vez que um artigo é publicado em um jornal não há como voltar atrás a não ser publicando um outro artigo; por outro lado sempre é possível modificar (ou mesmo apagar) uma entrada em um blog.

Todos esses fatores nos levam a questionar aquilo que nos é apresentado em blogs, eles evocam dúvida quanto a veracidade do que expõem, e a dúvida é um incentivo ao pensamento, à independência. Ao invés de ser bombardeado através de um maço de papel por uma quantidade enorme de informação, que deve ser incorporada e preparada para ser reproduzida em ocasiões apropriadas, blogs requerem mais diretamente que o leitor se posicione em relação ao que lê (e escolhe ler) e forme suas próprias opiniões.

Até este texto é uma evidência de alguns desses aspectos, por exemplo: quando digo que os jornais “adquiriram um caráter quase sobre-humano (…) com a intenção de revelar uma espécie de verdade absoluta” surgem algumas questões como: em que contexto isso é verdade? Para quem? Será que é verdade? Eu mesmo não estou completamente certo de uma afirmação tão categórica (o que nos leva de volta às conclusões do penúltimo parágrafo).

Assim, ao apresentar em um blog uma imagem feita a mão que representa a primeira página de um jornal nos expomos a uma série de questões e contradições nas quais as formas e meios em que esses três elementos existem e se expressam, nos levando a (re)avaliá-los.

Imagem com resolução ainda maior disponível aqui.
[Algumas dessas idéias já foram abordadas por ângulos diferentes em outros lugares]

Filed by rhwinter at March 23rd, 2007 under arte, meta
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10 de February de 2007

Nove Graus de Separação Circular

Vladimir Dubissarsky & Alexander Vinogradov, que fazem arte contemporânea, como Franz Ackermann, que é alemão, como
Adolf Hitler, que era vegetariano, como
Andrei Tarkovsky, que era russo, como
O Dalai Lama, que é um líder religioso, como
Béla Tarr, que faz filmes que ninguém parece conseguir entender, como
O Papa João Paulo II, que falava espanhol, como
Amon Tobin, que contribuiu para a cinematografia húngara, como Alex Trochut, que tem um nome que não indica que ele é de onde ele vem, como

Filed by rhwinter at February 10th, 2007 under arte, cinema, circular, música, tipografia
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