Categoria ‘Unidades da Cultura Inglesa’

Trípticos na Mooca e Tatuapé

quarta-feira, abril 15th, 2009

As instalações dos 36 quadros nas unidades da Móoca e Tatuapé ocorreram essencialmente como planejadas.

Claro que, sendo as duas primeiras (de dez!), tivemos alguns percalços. O primeiro foi que os quadros desse primeiro lote não estavam todos prontos e embalados quando cheguei na FastFrame para buscá-los; algo que não deverá ocorrer amanhã. O segundo foi que alguns dos trípticos na unidade da Móoca foram colocados em ordem errada (e até misturados), algo que, à tempo, percebi só depois de estarem todos instalados e fotografados, ou seja, a instalação demorou um pouco mais e foi necessário gastar algum tempo trocando-os de lugar e fazendo novas fotografias. Mesmo assim, todo o processo transcorreu relativamente rápido: cheguei à FastFrame às 11:30 e às 15 já estava de volta.

Durante as viagens até e de volta à FastFrame e também entre as unidades, conversei muito com o instalador contratado para me ajudar. Bruce trabalha exclusivamente nesse ramo já há 13 anos. Para o meu espanto, me contou que há uma demanda contínua por seus serviços, especialmente de pessoas de classe mais alta, que confiam no trabalho dele e sua experiência em colocação de pregos e parafusos para pendurar todo o tipo de coisa na parede ou no teto. Ele contou que já fez um serviço para uma grande rede hoteleira no qual foram instalados, em alguns meses e com a ajuda de uma equipe, mais de três mil quadros em um só prédio!

Já havia preparado um gabarito com a posição de todos os quadros a serem removidos e os trípticos que os substituiriam. Marcelo, da FastFrame, ajudou na embalagem, colocando as duplas de fotos de dicionário embaladas dois a dois; mas o fato da página do Google estar separada acabou confundindo um pouco. Para a próxima vez será melhor já deixar os trípticos embalados juntos, um a um. Além disso, da próxima vez, farei uma segunda cópia do gabarito, para deixar com Bruce.

No total foram colocados 19 pregos nas paredes de ambas as unidades. Em uma das instalações, na Móoca, foram utilizados os três pregos da parede, mas, como eram muito distantes, a ordem dos quadros do tríptico foi alterada, sendo que a página do Google acabou ficando separada das fotos do dicionário. Isso é algo que já previa e também acontecerá, de maneira mais ou menos parecida, em outros locais; acredito que será interessante para testar novas configurações para os trípticos que vão além de um quadro diretamente ao lado do outro, permitindo explorar novas conexões entre eles.

A unidade da Móoca estava completamente vazia no horário em que chegamos, sendo que, já quando instalávamos os últimos dois trípticos, alguns alunos começaram a aparecer para suas aulas. No Tatuapé, as aulas estavam prestes a começar quando chegamos, mas, quando iniciamos as instalações, todos já estavam em suas salas; por isso, o único incômodo foi ter que atrapalhar um pouco algumas aulas com as marteladas que golpeavam os pregos nas paredes.

A maior de todas as surpresas foi, ao chegar na unidade do Tatuapé, não encontrar um dos quadros que havia planejado substituir, mas, graças à ajuda do Marcos, que já havia me auxiliado em minha primeira visita, ele foi recolocado e pude fotografá-lo e depois trocá-lo pelo tríptico, conforme planejei.

Começo agora a editar as fotos de todo esse processo para, em breve, colocá-las aqui no site.

Higienópolis, Santana e Tatuapé

sexta-feira, março 27th, 2009

A saga final das visitações começou pela unidade de Higienópolis. Ao contrário das maioria das outras unidades que possuem em torno de vinte quadros, a unidade de Higienópolis tem nada menos que quarenta e três! Para complicar ainda mais, a unidade é composta por pelo menos duas casas ligadas, que ocupam toda a extensão do quarteirão; ou seja, há uma entrada na Av. Higienópolis e outra na R. Maranhão.

Além da quantidade incrível de quadros, há também uma variedade um pouco mais acentuada do que nas outras unidades. De qualquer forma, alguns me chamaram muito a atenção.

Em primeiro lugar veio uma gravura, não pela gravura em si, mas pelo fato de estar escondida atrás de um quadro de avisos logo na entrada, uma situação curiosa. Depois, achei muito curioso o espaço do “Multimedia Centre”, que fica numa espécie de sub-solo do prédio principal, mas é bastante agradável como biblioteca e contém pequenos pôsteres de quadros de Lichtenstein. Em seguida, é interessante notar o espaço, também muito curioso, da lanchonete: com o pé direito muito baixo, mas, mesmo apertado, com dois quadros na parede onde ficam pequenas mesas-balcão. Mais ainda, o espaço “sala de espera”, no prédio da R. Maranhão, não só pela sua disposição — uma longa sucessão de salas com função um pouco indefinida — mas também pela quantidade de quadros, especialmente poemas do metrô de Londres enquadrados.

Finalmente, me chamou muito a atenção o pôster colocado logo acima da pia (quase no lugar onde se esperaria encontrar um espelho), com a pintura de uma cadeira feito por Van Gogh, já que ele é comparado com o “One and Three Chairs” do Kosuth em um texto de Carolyn Wilde.

Na unidade pude conversar com a gerente, que se mostrou bastante interessada na proposta de levar os trabalhos para as unidades. Num comentário que me fez pensar bastante ela comentou com uma funcionária que a acompanhava algo na linha de: “agora, como com as outras categorias [de cinema digital, teatro, dança], o trabalho de artes visuais também vai vir às unidades ao invés de ficar restrito ao CBB”. Essa abordagem, colocando a minha proposta ao lado das das outras áreas, me pareceu muito mais interessante do que uma contraposição aos outros trabalhos propostos para as galerias, já que, mesmo para mim, não se trata de querer me afastar desses segundos, mas sim aproximar desse mecanismo tão comum dos primeiros e que parece ter sido abandonado ou dado como ineficaz na área de artes visuais.

Depois de quase duas horas e meia me perdendo um pouco pelas escadas, andares, corredores e sub-solos da unidade do Higienópolis, segui para o metrô, onde iria em direção ao Tatuapé.

Como na maioria das outras unidades, pude chegar muito facil e rapidamente. A unidade do Tatuapé tem uma singularidade notável, já que, apesar de ter dois andares, só possui decoração no primeiro, exceto por um único quadro no segundo andar. A arquitetura do prédio, especialmente o teto, lembra um pouco a da unidade Santo Amaro e, como aquela, possui uma sinalização distinta da que vinha observando nas outras unidades da Cultura. Interessante notar também a presença de dois pôsteres sobre cervejas, ambos próximos à lanchonete da unidade.

Mantendo a média de vinte quadros, pude fotografá-los e medi-los todos muito rapidamente. Depois do trabalho na unidade do Higienópolis, e pela disposição dessa unidade do Tatuapé, modifiquei a minha abordagem e fiz as etapas de fotografar e medir-anotar separadamente, ou seja, ao invés de, como antes, fotografrar, medir e anotar as informações de cada quadro, um por vez, fotografei todos os quadros e depois segui para medir e anotar as informações de cada um. Me pareceu bastante mais prático e me tomou mais tempo, mas teria sido impossível na unidade do Higienópolis.

Segui novamente para o metrô, dessa vez em direção ao meu último destino: Santana. Na pressa e confusão do metrô acabei saindo do lado errado da estação e tive que dar uma pequena caminhada pela Av. Cruzeiro do Sul para chegar à unidade, que já estava com bastante movimento dos alunos, cuja aula começaria em breve.

Como na unidade do Tatuapé, decidi fotografar e anotar os quadros separadamente e, já que havia muitas pessoas, comecei anotando. E, enquanto fazia, pela primeira, um aluno veio falar comigo. Era um menino muito jovem que queria saber o que eu estava fazendo lá. Tentei explicar a ele, mas acho que ele ficou um tanto tímido e, de repente, saiu correndo para ir ao encontro dos amigos…

Como já havia ficado tarde, a luz estava um pouco escassa para as fotos, principalmente pois essa unidade possui uma enorme clarabóia no teto. Mesmo assim, fotografei, uma vez que as aulas tinham começado, os enormes pôesteres do Lichtenstein no alto da escada; bem como toda a série de pôsteres “The Look and Learn Collection”, espalhados pela unidade. Novamente um quadro com cervejas estava próximo da lanchonete. No final, provavelmente pela emoção causada por ter chegado tão próximo ao fim dessa etapa de visitações, depois de ter fotografado e anotado sobre todos os quadros, acabei esquecendo de fotografar dois quadros do Multimedia Centre, um dos quais me interessou bastante por ser um tríptico.

Ainda em Santana, pela primeira vez, fui informado que não poderia colocar novos pregos ou parafusos nas paredes para pendurar os trípticos. Foi o zelador do prédio quem me deu a notícia e, pelo que entendi, era ele mesmo quem estava me proibindo de modificar qualquer coisa das paredes; logo vi que ele não havia sido informado sobre o meu projeto e tentei falar com a gerente da unidade, que estava ocupada, deixei então para um outro contato.

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Fotografias dos quadros decorativos da unidade Higienópolis.

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Fotografias dos quadros decorativos da unidade Santana.

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Fotografias dos quadros decorativos da unidade Tatuapé.

Itaim

quarta-feira, março 25th, 2009

Planejava visitar a unidade do Itaim ontem, mas meu atraso e a distância muito maior do que o previsto adiaram a visita para hoje.

O mesmo ônibus de ontem me levou, dessa vez muito mais rapidamente, ao coraçnao do Itaim, quase na esquina da Faria Lima com a Juscelino Kubitschek.

Certamente a primeira impressão — e também a mais marcante — é que essa unidade está dentro de um canteiro de obras. No terreno ao lado, ou melhor, ao redor, está sendo construído um grande prédio (daqueles típicos da “nova” Faria Lima).

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Foto de satélite do Google Maps da região da unidade Itaim, assinalada em vermelho.

Eventualmente, o prédio em construção ocupará a Cultura Inglesa, que, conforme orgulhosamente anunciam cartazes espalhados pela unidade, se muda em breve para um novo endereço ao lado, também em construção.

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Cartaz mostrando como será a nova unidade do Itaim.

Tudo isso é uma pena, pois essa unidade está numa antiga casa da região. Um sobrado de dois andares com cara de residência construída há muito tempo, hoje completamente descolado da realidade dos entornos, mas mantendo um certo charme e também um histórico arquitetônico da cidade — muitos detalhes nas portas e portões em ferro trabalhado e até, na escadaria principal, um grande vitral.

Além do prédio principal há uma edícula atrás, onde estão algumas salas de aula e, anexa, a lanchonete. Um grande salão na entrada, chamado de “Espaço Cultura Inglesa”, ainda tem nada menos que uma lareira!

Como na unidade Santo Amaro, a do Itaim não possuia uma quantidade excepcional de quadros e em uma hora pude fotografá-los e catalogá-los todos.

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Fotografias dos quadros decorativos da unidade Itaim.

Santo Amaro

terça-feira, março 24th, 2009

Inocentemente achei que a unidade Santo Amaro era mais próxima.
Já no ônibus o cobrador me avisou que era longe, muito longe. Mais de uma hora, disse ele. Esperei.

Acabei chegando muito mais tarde do que esperava, o que se propagou para o cancelamento de minha visita à unidade do Itaim, que planejava para hoje também.

Outro pequeno inconveniente é que a unidade estava um pouco cheia, o que dificultou um pouco a tomada das fotos, que tento ao máximo que não incluam pessoas para que suas imagens acabem em lugares que elas nem imaginam.

De qualquer forma, das que visitei até o momento, essa unidade é a de arquitetura mais fotogênica, toda azulada, com uma grande escadaria central e um teto translúcido, o que facilitou um pouco o meu trabalho. Além disso, a medição dos quadros foi bem facilitada por não serem em grande número nem estarem muito inacessíveis. Todos os quadros da unidade estão presos à parede por dois pregos.

Veja as fotos.

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Fotografias dos quadros decorativos da unidade Santo Amaro

Pinheiros e Butantã

quinta-feira, março 19th, 2009

Depois das visitas às unidades Saúde e Vila Mariana, hoje foi a vez de Pinheiros e Butantã. Como as outras duas, essas unidades também estão muito bem servidas pelo transporte público, há pontos de ônibus muito próximos às duas e o acesso é muito fácil.

Na unidade do Butantã fui recebido pela gerente Christina Thornton, a quem contei um pouco sobre o projeto. Ela me apresentou a alguns professores da unidade e, muito prestativa, se disponibilizou para esclarecer qualquer dúvida que eu tivesse. Como nas outras unidades, esclareceu que há um depósito para que sejam guardados os quadros retirados quando ocorrer a colocação dos trípticos e também que a colocação de novos pregos nas paredes, caso sejam necessários, não deve ser um problema.

Algo que me chamou muito a atenção nessa unidade foi que ao longo da rampa principal que leva ao primeiro e segundo andares as paredes são decoradas com poemas e não imagens. São de uma série de poemas que são exibidos no metrô de Londres, num projeto do British Council.

(Em breve aqui: foto dos poemas)

A ida para a unidade de Pinheiros reservava um trabalho um pouco mais cansativo do que o realizado até então: foi a maior de todas as unidades que visitei até o momento. São quatro andares e mais um no subsolo, o total de quadros e posters chega a mais de trinta. Em compensação, pude falar diretamente com o zelador do prédio, senhor Silvio, que me deu até alguns conselhos sobre a fixação dos trípticos. Além disso, a afixação dos posters parece ser mais uniforme do que nas outras unidades, geralmente com dois pregos aos lados deles. Finalmente, o andar no subsolo, onde fica o “The Club“, possui uma decoração bastante diferente das outras unidades, inclusive contando com algumas gravuras. Terminei a catalogação somente às 20 horas, sem perceber acabei ficando quase duas horas ali.

Veja mais fotos e informações por aqui (em breve).

Saúde e Vila Mariana

terça-feira, março 17th, 2009

Essas foram as duas primeiras unidades que visitei com o propósito de fazer um levantemento inicial sobre as condições da troca dos quadros decorativos pelos trípticos.

As duas unidades são muito próximas a estações do metrô, o que facilita muito a visita. O único problema foi a forte chuva que acometeu a cidade e quase alagou a rua na qual a unidade da Vila Mariana se encontra.

Os funcionários das duas unidades foram extremamente gentis ao responderem todas as minhas dúvidas e me darem acesso aos dois prédios. Pude transitar livremente, fotografando, analisando e anotando tudo que precisei.

Depois de muitas anotações de informações sobre 23 posters — incluindo a posição, dimensões, título e modo de fixação —, posso concluir que o contato com os espaços é essencial para que as intervenções ocorram de uma maneira mais próxima daquela prevista no projeto inicial. Tanto para entender o fluxo das unidades quanto para ter uma idéia de qual é a presença visual que essa decoração tem dentro delas.

Auto-explicativos, seguem as fotografias e dados obtidos.

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Fotografias dos quadros decorativos da unidade Saúde.

02 - Wassily Kandinsky - Composition 11

Fotografias dos quadros decorativos da unidade Vila Mariana.

Mapa das unidades da Cultura Inglesa

sexta-feira, março 6th, 2009

Criei um mapa com todas as unidades da Cultura Inglesa que pretendo visitar e instalar os trípticos, conforme previsto no projeto original. O mapa será atualizado conforme as unidades forem visitadas e, depois, quando forem instalados os quadros.


Ver mapa grande

Em amarelo estão as unidades já visitadas e em verde está indicada a localização do British Council.