Biblioteca do British Council
Logo que saí do encontro com a coordenadora pedagógica da Cultura Inglesa passei na biblioteca do British Council para tentar conversar com a responsável. O espaço já havia me interessado desde a minha visita anterior e de uma conversa imaginei que poderiam vir frutos.
Conversei com a Ana Mattos e expliquei novamente o projeto, mais ou menos da mesma forma que havia feito há pouco para a Lizika. Foi interessante ver a reação dela, já que havia também estudado na unidade da Cultura Inglesa de Pinheiros, à qual me refiri no projeto inicial para a projeção da intervenção com os trípticos, ela compartilhou comigo a estranha relação de indiferença que os alunos estabelecem com a decoração das unidades. Além disso, como comentarei a seguir, ela pareceu bastante sintonizada com a idéia de ativar os espaços das unidades e da exposição.
Depois de falar sobre o projeto, comentei sobre a minha preocupação de que o seção dentro do espaço expositivo com a mesa, computador e livros se tornasse muito mais um cenário do que um lugar ativo, onde o contato com a proposta do trabalho seria levada à cabo. Falei também sobre como esse espaço é uma espécie de simulação de um espaço de biblioteca e, de fato, a do British Council possui os mesmos elementos que previ para esse espaço (mesas, computadores com internet e livros). Daí o meu desejo de estabelecer com a biblioteca uma relação mais próxima entre a proposta para essa seção da galeria e a biblioteca, levando em consideração que ela já existe com função similar a desse espaço.
Inicialmente pensei que os livros poderiam transitar entre os dois espaços, criando uma interação entre eles. Me interessaria também estabelecer outros fluxos ligados à biblioteca, abrindo o trabalho a esse outro espaço, que permite um acesso muito mais amplo à referências muito mais variadas do que seria possível dentro da galeria. Além disso, o próprio público poder estabelecer uma relação com a biblioteca, saber que ela existe, como ela existe e como funciona, seria algo interessante por si só.
Ela me questionou sobre como eu pretendia monitorar esse espaço com os livros e computador, ao que respondi que tenho a intenção de permanecer nele para que eu mesmo seja um agente de ativação. Mas também expus o fato de que ainda tenho receio de que a minha presença pode vir a inibir a utilização do espaço por outros; algo que só poderei descobrir durante o processo.
Quando falou sobre a missão da biblioteca, a Ana esclareceu algo que idealmente deveria ser a missão de qualquer biblioteca: estar aberta para o público e permitir que ele interaja com o seu equipamento e acervo (algo que, infelizmente, não acontece em muitas bibliotecas). Ela também frisou que acredita que a ativação do espaço e a abertura de exploração que procuro com “One & Three Words” cabe muito bem com a proposta da biblioteca que, segundo ela, é um lugar com o qual qualquer pessoa pode estabelecer uma ligação, onde a gama de interesses contempláveis é muito grande. Enfim, deixou claro ainda que a utilização e contato do material da biblioteca é o que eles esperam do público.
Mais ainda, ela comentou que existe a possibilidade de eventos acontecerem na própria biblioteca, desde que eles não interfiram no cronograma e horários dela. Acontecem uma série de atividades na biblioteca, que é fechada para alguns eventos como a projeção de filmes e a apresentação de palestras com informações sobre educação no Reino Unido, todas informações disponíveis no calendário da biblioteca e também no site corporativo do British Council.
A efetivação de uma colaboração com a biblioteca me parece um ponto fundamental para a potencialização das propostas do trabalho e, mais ainda — por que não? — que também pode potencializar o espaço da biblioteca em si.
maio 6th, 2009 at 8:30
Parabéns Roberto pelo trabalho.
Estou impressionada com a extensão de sua pesquisa! Aproveito para agradecer a oportunidade de fazer parte deste projeto e esperamos ter uma boa repercussão aqui no nosso espaço. Falamos naquele dia sobre o livro de presença… Como você resolveu avaliar o uso do material exposto aqui na biblioteca afinal?
Beijo,
Ana