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em: 01/04/2009

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Cildo

Poster do filme Cildo

Poster do filme Cildo

Dentro do Festival “É tudo verdade” de documentários, em São Paulo, foi exibido o filme “Cildo“, realizado por Gustavo Rosa de Moura sobre o trabalho do artista plástico brasileiro Cildo Meireles. Essencialmente o filme é constituído por entrevistas com o artista que formam monólogos nos quais ele apresenta seu próprio trabalho ou temas relacionados, entremeadas por imagens dos trabalhos em exposições recentes e da década de 70. Em um momento do filme, relevante para a Temporada de Projetos na Temporada de Projetos, é perguntado ao Cildo se ele considera o projeto como obra e ele responde que não. O argumento principal do artista é que muitas vezes não é possível, por meio do projeto, perceber algumas características que, quando realizado, tornam-se importantes para o trabalho. O exemplo que ele cita é o papel desempenhado pelo som dos cacos de vidro no chão da instalação “Através“. Uma outra pergunta poderia ter sido feita ao Cildo, pensando mais no projeto não como obra, mas sim como etapa da obra tão importante quanto a realização. Algo que – por ter explicitado no próprio filme um desinteresse pelo artista como o sujeito que possui a habilidade técnica da criação – Cildo poderia dar uma resposta que se aprofundaria na temática do processo de execução de um trabalho a partir do projeto.

Primeiras realizações

de 5 a 10 de dezembro de 2008

Os dias que seguiram a primeira reunião com a equipe do Paço foram também de intenso trabalho, que incluiu: a elaboração do website — que foi registrado inicialmente como temporadadeprojetos.org, mas depois modificado para projetosnatemporada.org já que queríamos um endereço flexível que não se vinculasse somente à exposição, como seria no caso de “temporadanatemporada.org” — e a elaboração das cartas convite aos artistas selecionados, aos não selecionados, e aos curadores não selecionados. Tudo deveria estar escrito de modo claro, objetivo, didático, bem explicativo, para que os 323 inscritos compreendessem a proposta, se interessarem por ela e enviassem as autorizações de permanência do projeto sem dificuldades. O modelo da autorização foi elaborado pelo próprio Paço das Artes.

Desde a elaboração do projeto ficamos bastante confusos em como envolver os outros curadores que enviaram projetos ao edital como nós. A princípio, no projeto inicial, não os convidaríamos para exibirem os projetos como os artistas, mas faríamos convites para participarem das palestras e workshops. Depois, repensamos o porquê não exibir os projetos de curadoria, e na ausência de uma resposta clara, resolvemos jogar a questão aos outros curadores, que foram convidados a participarem do grupo de discussão específico dos proponentes de projetos de curadoria (projetosdecuradoria@googlegroups.com).

Durante esse período pudemos também ter um contato mais real com os projetos enviados ao Paço das Artes, e ver os diferentes formatos com os quais teremos que lidar (folhas soltas, cds, dvds, caixas, projetos em que artistas fixaram a eles a ficha de inscrição e currículo, etc).