Arquivo da categoria "exposição"

em: 17/08/2009

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Lista de participantes que exporão seus projetos

Depois de meses de trabalho e várias autorizações, hoje fechamos a lista final de participantes da exposição, ou seja, pessoas cujos projetos serão exibidos para consulta dentro do espaço expositivo. De um total de 322 inscritos, serão 151 expostos. Os projetos estarão organizados de acordo com os seus números de inscrição (numeração dada pela equipe do Paço). Segue a lista dos participantes em ordem alfabética de primeiro nome:
A.Luisa Guimarães Galvão (46), Águeda Ferrão (39), Alberto Lefèvre (112), Alexandre Damiano Junior (155), Alice Grou (50), Alice Ricci (91), Amanda Mei (2), Amir Brito Cadôr (241), Ana Basbaum (6), Ana Lucia Mariz (49), Ana N. Zveibil (226), Ana Sefair Mitre (152), Anaisa Franco (175), Andrea Xavier (89), Anne Cartault d’Olive (111), Bárbara de Azevedo (311), Bernadete Amorim (33), Beth da Matta (312), Bruna Oliveira (99), Camila Alvite (45), Camila Barbosa (172), Carla Chaim (133), Carla Guimarães Hermann (66), Carol Seiler (35), Carolina Cortes (266), Caru Albuquerque (137), Celeste Gimenez (77), Cesar Baio (271), Chico Zelesnikar (214), Claudio Matsuno (29), Cleone Augusto (300), Coletivo Vizo (134), Cristiano Lenhardt e Fernanda Gassen (322), Daniel Caballero (87), Daniel Seda (232), Daniel Tavares (13), Danielle Jacob (148), Danilo Perillo (109), Daré (179), Diego Bachmann (276), Diego Castro (82), Evandro Prado (7), Fabiana Queirolo (123), Fabinho Santana (40), Fabio Masami Hirakawa (36), Fabio Okamoto (12), Fabiola M. R. Racy (56), Fabrício Carvalho (201), Fernanda Eva (140), Fernanda Proença (165), Fernando Cardoso (18), Fernando Doria (81), Fernando E. Aznar (60), Flávia Fernandes (168), Flávio Abuhab (28), Francisco Edilberto (249), Gabriela de Andrade (9), Guilherme Callegari (64), Helen Faganello (58), Helga Miethke (106), Hóspede (147), Ivan Magalhães (216), Jimson Vilela (213), Joana Traub Csekö (318), João César de Melo (19), João Manuel Feliciano (307), Josette Barban (79), Julia Ishida (47), Juliana Bittencourt (183), Kamel Ilian (4), Kátia Fiera (103), Kelson Frost (231), Laerte Ramos (176), Leonardo Araújo (222), Leonardo Fanzelau (26), Leticia Ramos (294), Lílian Santos Gomes (225), Lina Wurzmann (138), Lucas Guerreiro (15), Luciana Ohira e Sérgio Bonilha (220), Luciano Zanette (243), Lúcio Carvalho (265), Luiz Cláudio Campos e José Henrique Barreto (251), Luiz Rodolfo Annes (25), Luiz Telles (139), Luiza Proença e Roberto Winter (121), Madu Almeida (118), Marcelino Peixoto (84), Marcelo Caldas (309), Marcelo Gandhi (22), Marcelo Maimoni (248), Márcio Távora (104), Marcos P A (132), Margarete Maria (268), Maria do Céu Diel (71), Maria Helena Bastos (297), Mariana Shellard (142), Maurício Ianês (44), Michel Groisman (315), Mirela Luz (267), Miriam Duarte Teixeira (115), Monica Tinoco (116), Newman Schutze (246), Nilson Sato (65), Paló Pessoa (14), Patrícia Golombek (52), Paula Almozara (154), Paula Fabiana (240), Paulo Mendes Faria (313), Paulo Nazareth (239), Paulo Torres (32), PINO (119), Raquel Gianneschi (101), Regina Parra (164), Renata Bueno (11), Renata Cruz (187), Renata Padovan (110), Renata Siqueira Bueno (83), Renato Leal (171), Ricardo Aguiar (75), Roberta Cani (194), Roberto Fleury (73), Rodrigo Carvalho (51), Rodrigo Castro de Jesus (269), Rosa Barreiros (16), Rosa Esteves (20), Rosilene Fontes (200), Salete Ribeiro (159), Sami Akl (221), Samir Jamal (195), Sandra Lapage (34), Sandra Lopes (193), Sérgio Regis Martins (93), Sheila Hara (284), Silvia Helena Cardoso (210), Simone Höfling (127), Susana Prizendt (92), Suzanne Salviní (41), Sylvana Lobo (70), Tarcisio Costa (80), Teresa Gambino (78), Tortella (114), Velasco (190), Virgilio Bomfim (314), Vitor Mizael (166), Wagner Cozzolino (24), Walter Trindade (72), William Golino (186), Willyams Martins (302), Zeljko Ungar (94).
(Em breve a lista estará disponível na seção participantes deste site)

Projeto Portfólio: terceiro encontro

Nota introdutória: ao contrário do primeiro e do segundo, para este relato do terceiro encontro do Projeto Portfólio iremos experimentar um novo formato, um Podcast. Nossa idéia era não repetir o que aconteceu no último encontro do projeto Portfólio, organizado pelo educativo do Paço das Artes: chegarmos atrasados e perder parte da fala dos artistas (naquele caso, perdemos parte da fala do Laerte Ramos). Porém, no encontro do dia 15 de Agosto, em que foram convidados a falar o PINO, o Michel Groiman e o Maurício Ianês (artistas da 3a Temporada de Projetos), chegamos muito mais atrasados! Para nossa surpresa, encontramos pouquíssimas pessoas reunidas (em torno de 11 pessoas, sendo que 3 pessoas eram artistas da Temporada de Projetos e 4 do educativo do Paço das Artes) e a conversa ainda não tinha começado. Somente quando chegamos é que Michel Groisman iniciou a sua apresentação. As apresentações tanto de Michel Groisman quanto da PINO foram bastante instigantes e geraram discussões (ainda que a do primeiro tenha tido um momento rico que não é possível reviver numa gravação como essas, na qual foi jogado o “Polvo”). Após o seu relato, Michel deu a voz aos dois artistas da PINO, que fizeram uma apresentação por meio do seu website http://pino.tc/. O artista Maurício Ianês não compareceu ao evento, e portanto somente o Michel Groiman e o PINO que falaram sobre seus trabalhos. Os arquivos de áudio a seguir são resultado de gravação realizada no Paço das Artes no dia 15 de Agosto de 2009. Michel Groisman:

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PINO:

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Durante sua fala, Michel Groisman propôs uma partida rápida de Polvo, para diversão (e constrangimento?) de todos.

Durante sua fala, Michel Groisman propôs uma partida rápida de Polvo, para diversão (e constrangimento?) de todos. Clique na imagem para ver outras fotos do encontro com os artistas.

No final do encontro conversamos com o Michel Groiman sobre a Temporada de Projetos na Temporada de Projetos. Ele comentou que gostou muito da idéia de exposição, mas que gostaria de sugerir que cada participante, expositor de projeto, recebece um  valor em dinheiro simbólico. Nós explicamos a ele que chegamos a pensar nessa possibilidade, porém como nós temos um orçamento muito pequeno achamos que seria um dinheiro muito insignificante para muito trabalho, pois para cada um dos participantes receber sua parte seria necessário entregar uma grande quantidade de documentos para a instituição, fato que poderia inclusive gerar a desistências de algumas participações!
em: 06/08/2009

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A curiosa divulgação do Edital Temporada de Projetos 2010

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Flyer do Edital da Temporada de Projetos 2010 divulgado pelo Paço das Artes. Clique na imagem para ampliar.

Ao entrar no site do Paço buscando por outras informações nos deparamos com a publicação do Edital Temporada de Projetos 2010 (que, por sinal, aparece lá em um lugar onde antes havia uma pequena chamada para a Temporada de Projetos na Temporada de Projetos e o link para este site). A nossa reação foi de completa perplexidade diante de tal situação, a ponto a ter de ser um pouco difícil conter uma reação. No início deste ano de 2009 a própria direção do Paço das Artes agendou a exposição Temporada de Projetos na Temporada de Projetos para Outubro e Novembro argumentando que seria produtivo tanto para os interessados em se inscrever no Edital 2010 quanto para a própria instituição; argumento que pensamos ser muito válido. Porém, o Edital 2010 foi lançado muito antes do início da exposição e, não só isso: também encerrará as suas inscrições muito antes do início da exposição! O lançamento do Edital nessas condições torna evidente a desconexão da instituição com aquilo que ocorre dentro dela. É como se a própria diretoria não soubesse que a Temporada de Projetos na Temporada de Projetos vai acontecer ou que ela guarda uma relação muito estreita com o Edital, inclusive o de 2010. Também nos causa certo estranhamento a desatenção para o fato de que a concomitância da exposição e do Edital traria um interesse público maior para os dois, ou seja, automaticamente potencializaria a ambos. E potencializar também a qualidade dos projetos enviados ao Edital, ora, se a proposta da Temporada de Projetos na Temporada de Projetos inclui a realização de discussões sobre projetos e workshops de elaboração, nada mais natural que os participantes possam aperfeiçoar suas práticas. Além disso, acreditávamos que a exposição poderia servir também como uma oportunidade para realmente repensar o Edital de dentro, isto é, uma oportunidade que poderia ser aproveitada pela própria instituição para modificar o Edital, adaptá-lo a possíveis “diagnósticos” e problemas levantados pelas atividades da exposição. Talvez realmente não exista interesse em mudar o Edital, atender ao público ao qual ele se destina de uma forma mais sensata. O que a equipe do Paço explicou é que encerrando o Edital somente em Novembro, como ocorreu nas últimas edições, não há tempo suficiente para o preparo das exposições, tanto o tempo para os artistas prepararem suas obras quanto para a produção prepar a primeira exposição. A nova data limite para a entrega das propostas, conforme o Edital 2010, é 11 de Setembro, o que vai garantir nada menos que dois meses a mais para os artistas e produtores se organizarem com mais calma. Não há dúvida de que isso parece um bom argumento para que o Edital 2010 tenha sido divulgado da forma relatada acima, mas qualquer que seja o ponto de vista, não deixamos de acreditar que a divulgação foi feita de uma maneira bastante cômoda e poderia ter sido mais adequada às experiências que ocorrem dentro da instituição.

Abertura da 3ª Temporada de Projetos

A penúltima fase da Temporada de Projetos foi inaugurada dia 12, segunda-feira, às 19:30, no Paço das Artes, junto com a exposição “Grau Zero”, curadoria de Fernando Oliva e Priscila Arantes. Na tentativa de dar um retorno ao público do acompanhamento dos artistas pela equipe de críticos, foi organizada uma conversa com os artistas Maurício Ianês e Michel Groisman (os artistas do PINO, presentes no evento, optaram por não se identificar) e os críticos Cauê Alves e Fernanda Pitta (a crítica Luisa Duarte não compareceu ao evento). Por conta da movimentação na abertura, os críticos tiveram poucos interlocutores e a conversa foi bastante informal, todos sentados no chão e se enforçando para falar no meio do “burburinho”. Às 21:30 Michel Groisman iniciou uma performance em que convidava o público a escolher uma imagem de um símbolo e projetava sobre o participante a sombra desse símbolo utilizando as suas mãos.

Performance de Michel Groisman Foto:

Performance de Michel Groisman Foto: Ali Karakas

As exposições da 3ª Temporada de Projetos e a “Grau Zero” vão até 13 de setembro. E aí já se inicia a montagem da 4ª e última Temporada de Projetos: a Temporada de Projetos na Temporada de Projetos.

Projeto Portfólio: segundo encontro

Quando chegamos no Paço das Artes para assistir a segunda edição do Projeto Portfólio, parte do programa do educativo para a Temporada de Projetos, Laerte Ramos já falava ao público (desta vez mais heterogêneo, formado por adolescentes e adultos) sobre a sua trajetória por meio de uma projeção de imagens de trabalhos já realizados. Ao longo da sua apresentação, Laerte foi literalmente bombardeado de perguntas! Aqui vão algumas anotações nossas sobre essa conversa (desculpem, nem as perguntas nem as respostas estão completas, mas foi mais ou menos assim…!):
Laerte Ramos no Portfólio

Laerte Ramos fala com público no Projeto Portfólio

Pergunta: O que é arte contemporânea? Laerte: É a arte feita hoje. Arte é pesquisa, não é certeza. Eu tenho sempre que ter dúvidas para continuar pesquisando. Pergunta: O que é arte para você? Laerte: É expressão. é acordar, tomar banho, tomar chá japonês. Pode ser um caminho. depende de todo mundo. P: Você sentiu desejo de fazer arte desde pequeno? L: Desde a escola, onde eu aprendi a fazer coisas com a mão: cadeiras, mesas, coisas com lã, fio, tapete. P: Você vende as obras? L: Não tenho salário. Trabalho de segunda a segunda. Tento vender, mas é difícil. Tento ganhar a vida a partir de projetos. Por isso tento melhorar a apresentação do portfólio, saber escrever bem, tirar foto, como apresentar o trabalho. P: Você teve algum incentivo na família? Alguém que era artista? L: Não, não tive nenhum incentivo… P: Arte é artesanato, na minha referência. Arte é cultura, música, teatro, expressão. A arte como se pretende é elistista, e eu venho da periferia… L: Estamos mais acostumados com a música. Esse outro tipo de arte requer mais conhecimento; requer outro lugar. A cerâmica, por exemplo, eu não posso deixar na rua, mas as vezes a arte pode ir à rua e funcionar também. Posso dizer que para mim, as referências vem da rua, de amigos, exposições, filmes, cinema… tudo vira referência. Não adianta ficar só no atelier ou só vendendo. Eu venho aqui também para aprender com vocês, fazer trocas. P: Você tem alguma inspiração para fazer os trabalhos? L: Não diria inspiração. Mas artistas da minha geração e amigos são referências. P: Você dá título aos trabalhos? L: Às vezes o título vem antes do trabalho. Acho importante ter nome, saber qual série é, o que ele é, para não ser “sem título”… P: E qual foi a sua inspiracão para fazer esse trabalho [pergunta referente ao trabalho "re.van.che", apresnetado na Temporada de Projetos]? L: No meu atelier eu tenho um saco de luta. Vivo agora na liberdade [no bairro], e vejo bastante os elementos da rua. Também tem a fragilidade da cerâmica…. Gostaria que esse trabalho fosse como uma revanche contra a cerâmica, tipo tapa na cara da cerâmica! P: E porque não foi você que chutou o saco? [pergunta referente à performance do trabalho "re.van.che"] L: Ah! Porque uma mina é mais bonita! [risos]. E se tivesse sido eu ficaria meio engraçado… P: Quanto tempo você demorou para fazer esse trabalho? L: Cerca de um mês. P: O que você sentiu quando o saco quebrou? [durante a performance de "re.van.che"] L: Tristeza e felicidade. Tapa na cara mesmo! Eu pensei o trabalho no espaço físico aqui do Paço das Artes, o quadradinho. Sempre tenho reservas para o caso de um trabalho quebrar (durante transporte, montagem, etc). Faço peças-reservas. P: Qual foi o projeto mais difícil que você já fez? L: Não tem… desta série aqui foi gerenciar a performance, que era algo que não dependia de mim. P: Era qualquer peça que poderia ter quebrado? Ela [a lutadora da performance de re.van.che] escolheu o que quebrar? L: Não, era só o saco mesmo. Se bem que ela queria quebrar a bola também! L: Esse foi um projeto que estou há 10 anos tentando desenvolver, tentando participar da Temporada de Projetos do Paço. Aprendo mais com isso do que acertando: tentei vídeo, xilo, e surpreendentemente entrei com cerâmica, e acho que assim supererei o preconceito com o material. P: Em que escola você estudou? L: Rudolf Steiner. P: O que você acha da imposição de que não se pode tocar numa obra de arte? L: A política “não toque” não é interessante. Adoraria que todos pudessem tocar. Se bem que às vezes as pessoas abusam. Mas quebrar é interessante: veja o que acontece!

“A gente é sempre ‘hóspede’ dentro da instituição: nem sempre é bem visto”

Na vez das três integrantes do grupo Hóspede falarem, muitos dos grupos de estudantes presentes tiveram que ir embora, assim a apresentação delas foi para um público bem menor que a do Laerte. O Hóspéde tem um trabalho bastante interessante e provocativo, e por isso a apresentação (também por projeção de imagens de trabalhos realizados) poderia ter sido um pouco mais lenta e detalhada para uma melhor discussão dos trabalhos, o que não foi possível pois a seção do Portfólio se alongou um pouco.

Érica Ferrari, Carolina Caliento e Flora Rebollo falam sobre os trabalhos anteriores do Hóspede

Érica Ferrari, Carolina Caliento e Flora Rebollo falam sobre os trabalhos anteriores do Hóspede

As integrantes começaram falando da origem do grupo, que aconteceu em 2005 em uma disciplina de Escultura da prof. Ana Maria Tavares, na ECA-USP, e na qual Jorge Menna Barreto era professor assistente. A proposta feita para a disciplina era que os alunos realizassem trabalhos pensando nas especificidades do Departamento de Artes Plásticas. A disciplina também gerou o intercâmbio “Brasília hospeda São Paulo”, no qual alguns alunos da ECA fizeram uma expedição para Brasília para realizar um trabalho na Galeria de Bolso da Casa de Cultura da América Latina. Naquela época o Hóspede tinha 7 integrantes, depois, já de volta a SP, foram só 6 por muito tempo (até hoje, serem somente 3). As atuais integrantes afirmaram que usam desde o início a estratégia de fazer projetos para enviar para editais e assim conseguirem pró-labore para realizarem os trabalhos. Para o “Edital de Ocupação dos Espaços da Caixa Cultural“, em 2006, o Hóspede enviou um projeto para realizar uma ‘Casa de Penhores’, mas, apesar de selecionado, o projeto não foi realizado por problemas na instituição, que atrasou o projeto diversas vezes até que ele foi cancelado! Também em 2006, o Hóspede foi selecionado no Salão de Exposições de Santo André, São Paulo, onde construiram um grande banco no saguão do Paço Municipal para que as pessoas que ficavam esperando para entrar no teatro tivessem acomodação. Já para o  Prêmio Flamboyant (hoje extinto), do  Salão Nacional de Artes de Goiás, o grupo criou também um lugar de acomodação, só que dentro da sala de exposição, que ficava no Flamboyant Shopping Center e onde estavam expostos outros trabalhos selecionados, o móvel criado pelo grupo ironizava a estética de assentos dos shoppings centers. Em 2007, o Hóspede foi contemplado com um grande incentivo vindo do “Concurso de Apoio a Produção nas Áreas de artes Visuais, Fotografia e Novas Mídias” do Programa de Ação Cultural da Secretaria do Estado de São Paulo. O grupo realizou o projeto “Laboratório Hotel” — formação de centro de estudo e residência no Largo da Batata, região que estava prests a iniciar um processo de reconversão urbana. Segundo uma das integrantes “É difícil dizer o que foi…”. Mas, em linhas bem gerais, pretendia criar um centro sócio-cultural temporário que ficasse em contato com a condição urbana do entorno. A preocupação com a arquitetura urbana é parte dos projetos criados pelo Hóspede, que se diz interessado em questionar e ironizar essa “nova arquitetura que é fruto da especulação imobiliária de empresas; uma arquitetura monumental que vai representar um empreendimento; uma  arquitetura pós-moderna, que é mais imagem que arquitetura, é como pintura, uma escultura que você transita (…)  É um elefante branco, um abacaxi, que aparece sem estudar a área e conhecer o entorno. Os projetos de arquitetura caem do nada sem saber o que acontece ali”, conforme afirmou uma das integrantes na apresentação. Ao final da apresentação algumas perguntas foram feitas ao grupo em relação ao trabalho apresentado no Paço das Artes, um extenso tapume que cobre toda a entrada do edifício do Paço das Artes bem como uma série de ações que indicam que aquele lugar passará por um processo de reconversão, se tornando um “Pineapple Luxury Complex “. A maioria das pessoas disseram não ter percebido que aquilo se tratava de um trabalho de arte até aquele momento. O grupo respondeu afirmando que o trabalho pode e funciona com diversos públicos: existem pessoas que passam de carro pelo Paço e não percebem como arte. Isso, nas palavras do grupo, seria uma atitude perversa, de criar uma situação que parece real. “A arte não precisa ser didática”, afirmaram, “queremos pensar um trabalho para o lugar, pensar sobre o espaço, se as pessoas entendem se é obra de arte ou não é problema delas!”. As integrantes do grupo argumentaram também que na Universidade aprenderam a questionar as coisas ao redor, e não somente fazer ‘objetos estéticos’. “Trocar com as pessoas” e conversar sobre o que as atinge são coisas que o Hóspede disse estar buscando. O artista Cristiano Lenhardt, por não residir em São Paulo, não pôde comparecer ao evento.

Abertura da 2ª Temporada de Projetos 2009

A 2ª Temporada de Projetos do Paço das Artes foi inaugurada junto com a exposição “Entre – Temps: Seleção Áudio Visual do Museu de Arte Moderna da Cidade de Paris”. A segunda fase conta com obras dos artistas Cristiano Lenhardt, Laerte Ramos e Hóspede.
Lutadora de taekwondo quebra saco de cerâmica em performance, no trabalho re.van.che de Laerte Ramos, na abertura da segunda Temporada de Projetos 2009 no Paço das Artes. Clique na imagem para ver mais fotos da abertura.

Lutadora de taekwondo quebra saco de cerâmica em performance, no trabalho "re.van.che" de Laerte Ramos, na abertura da segunda Temporada de Projetos 2009 no Paço das Artes. Clique na imagem para ver mais fotos da abertura.