09/03/2009

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Segunda reunião com equipe do Paço das Artes

Apesar de estarmos em constante contato com o Paço das Artes, marcamos uma reunião com toda equipe de gerenciamento de projetos (Fernando Oliva, Nathalia Meyer e Marcela Amaral) - a segunda reunião “oficial” que tivemos para discutir os procedimentos da Temporada de Projetos na Temporada de Projetos (a primeira reunião ocorreu no final de 2008). Essa reunião, marcada inicialmente para ocorrer na quinta-feira dia 5 de março, teve como pauta: - o contato telefônico com os artistas (prever como isso pode funcionar) -  o novo termo de autorização elaborado pela assessoria juridica (como será a entrega dos originais, principalmente); - criação de um orçamento ideal, já com previsões reais de custos para: a) arquiteto, expografia, marcenaria b) site  c) palestrantes e workshopistas?; - sobre o nosso “personal critic”, Deyson Gilbert, o acompanhamento e texto crítico por ele; - como funcionaria o esquema das palestras, a nossa autonomia no envolvimento de pessoas e instituições no projeto. Nos foi confirmado o período da exposição (do dia 5 de outubro ao dia 6 de dezembro) e cobrado estratégias para contatar os artistas que ainda não responderam o convite para participar da exposição (os artistas deverão enviar o termo de autorização original por correio pago por eles ou entregar pessoalmente no Paço das Artes até Junho), além da lista de nomes de palestrantes e orientadores até Abril (o Paço ficou de nos enviar a tabela com os fees). Sobre a expografia, conversamos sobre qual espaço dentro do Paço estará reservado para a Temporada de Projetos na Temporada de Projetos ( na mesma época acontecerá o Simpósio de Arte Contemporânea e mais uma outra exposição). O Paço mais ou menos mostrou o espaço reservado para nós, mas ainda é incerto. Nos perguntaram se nós já sabíamos dos aparelhos que precisaríamos (computrador, internet, projetor, mesa, cadeira, etc) e de como os projetos serão expostos (se serão utilizados pastas ou envelopes para proteção). Ainda sem respostas para isso,  perguntamos se nós poderíamos indicar um arquiteto. O Paço das Artes já tem um arquiteto e se gostaríamos de convidar uma outra pessoa, teríamos que dar outro nome a ela (designer espacial, coisa assim) para que possa entrar no orçamento. A questão do orçamento ficou foi bem delicada durante toda reunião. Ficamos numa situação muito dificil de trabalhar sem saber o orçamento limite reservado para a curadoria. Por fim, o Paço das Artes ficou de marcar uma reunião com o arquiteto responsável pelas exposições, o Alvaro Razuk, com o Núcleo Educativo, e com a diretora executiva Daniela Boussso.
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03/03/2009

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Apresentação para os curadores do South America Orientation Trip 2009

Foto dos curadores do South America Orientation Trip 2009

Foto dos curadores do "South America Orientation Trip 2009"

A convite do Fernando Oliva fomos apresentar o projeto Temporada de Projetos na Temporada de Projetos aos 20 curadores do South America Orientation Trip. Eles passariam 4 dias em São Paulo visitando museus, centros culturais e galerias, seguindo depois para Buenos Aires e Lima para fazerem o mesmo. Na passagem deles pelo Paço das Artes fizemos uma breve introdução ao nosso projeto e tivemos bastante receptividade. Muitos ficaram interessados e quiseram saber mais. Como o tempo deles era curto (eles ainda tinham que visitar outras instituições no mesmo dia) fomos convidados pela Mondriaan Foundation para participar do fórum que ocorreria no dia seguinte na Pinacoteca do Estado, e assim poderíamos continuar a conversa. Dado o grande interesse que eles demonstraram, resolvemos fazer uma versão em inglês do projeto e conseguimos colocá-la no ar no site já no dia seguinte. Além disso, como “projetosnatemporada.org” não é um endereço muito fácil de ser falado em inglês (muito menos entendido), acabamos registrando alguns atalhos: que são bastante mais fáceis de memorizar e passar adiante. Acesse o blog dos curadores e saiba mais sobre o que eles andam fazendo por aqui.
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Abertura da Temporada de Projetos 2009

Inauguração da Temporada de Projetos 2009 do Paço das Artes com a abertura das individuais de Regina Parra, Claudio Matsuno e Luciana Ohira e Sérgio Bonilha.
Trabalhos de Sérgio Bonilha e Luciana Ohira. Clique na imagem para ver fotografias de outras obras expostas.

Trabalhos de Sérgio Bonilha e Luciana Ohira. Clique na imagem para ver fotografias de outras obras expostas.

Após apresentação do programa Temporada de Projetos por Fernando Oliva e Priscila Arantes, representantes do Paço das Artes, Marcelo Rezende, Márcio Harum e Fernando Oliva, da equipe dos “jovens criticos”, apresentaram brevemente os trabalhos de Claudio Matsuno, Luciana Ohira e Sérgio Bonilha, e Regina Parra, respectivamente. A situação que se formou no início dessas apresentações foi de um certo desconforto — o público manteve-se em pé, com algumas pessoas conversando em pequenos grupos, enquanto os artistas e criticos falavam, num microfone e também em pé, sobre os trabalhos e processos de trabalho. Aos poucos as pessoas foram sentando ao redor, porém bem distantes, do microfone e a situação se tornou mais cômoda e até um pouco cômica (algo que lembrou o “Fala Garoto!”, do Programa Livre do Serginho Groisman!). Foi um jeito de fazer conversa interessante. Mas o público continuou tímido, e, apesar de alguma insistência, ninguém quis perguntar nada aos artistas. Marcelo Rezende resolveu introduzir o trabalho de Matsuno convidando o artista para uma entrevista. Matsuno falou da experiência de morar no centro da cidade de São Paulo e a maneira que a traduz no seu trabalho, bem como a incorporação do erro em seus desenhos. Márcio Harum, por sua vez, relatou a sua visita ao atelier de Luciana Ohira e Sérgio Bonilha e o passeio que fez com eles pela Sta Efigênia ao ler o texto publicado no folder da exposição. Os artistas também tiveram a oportunidade de falar sobre o trabalho que expõem no Paço das Artes, e descreveram o interesse no questionamento das afirmações da ciência. Por último, Fernando Oliva falou sobre o desenvolvimento das pinturas de Regina Parra, artista que foi aluna dele e cujo trabalho trabalho de conclusão de curso na FAAP o teve como parte da banca. Regina Parra contou sobre o processo de elaboração das pinturas por meio de imagens de câmeras de vigilância. Antes de encerrarem o “bate-papo”, a Christiana Moraes e a Maralice Camillo, do núcleo educativo, se apresentaram e convidaram todos para uma conversa com os artistas e o educativo dentro do “Projeto Portfólio”, que é uma ação do educativo do Paço. A abertura da Temporada de Projetos continuou com pequenas conversas, petit four, patê, coca zero, coca normal e água. Foi lá também que tivemos o prazer de conhecer a Ligia Nobre e ter uma breve conversa com ela sobre a Temporada de Projetos na Temporada de Projetos e de como “incluir as ausências” — termo sugerido pela próprio Ligia —, ou seja, como incluir na exposição os artistas que recusaram participar e aqueles que ainda não se manifestaram. Encontramos também dois amigos que passaram na frente do Paço das Artes naquela noite e resolveram entrar e ficar para a abertura. O mais curioso é que eles, que não são da área de artes, se descreveram como “penetras”, como se o evento fosse restrito à comunidade ou somente para convidados. Alguns convidados ainda seguiriam para a Galeria Leme, onde ocorria a abertura da individual do Marcelo Moscheta.
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27/02/2009

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Encontro com Paula Alzugaray

A crítica de arte e pesquisadora Paula Alzugaray tinha acabado de chegar em Paris, onde está realizando um estágio no centro de novas mídias do Centre Pompidou, e combinamos de almoçar com ela. A Paula foi uma das juradas do Edital Temporada de Projetos 2009 e também foi uma das pessoas que indicamos, no projeto inicial, para orientar um dos workshops da Temporada de Projetos na Temporada de Projetos. No café do Pompidou, conversamos sobre o andamento do projeto e como pensávamos a atuação dela na orientação do workshop de elaboração de projetos. O mais marcante foi a reação dela ao saber que muitas pessoas estavam decidindo não participar da Temporada de Projetos na Temporada de Projetos por acreditarem que seus projetos não tinham o nível de qualidade que elas próprias gostariam. Conforme nós mesmos já havíamos nos perguntado, a Paula levantou então a intrigante questão: por que enviar um projeto desses para ser avaliado por um júri certamente bastante crítico e composto por profissionais da área — para o qual imaginaria-se que o artista teria o interesse de mostrar o melhor de seu trabalho —, mas não deixar que o mesmo projeto fosse mostrado para o público do Paço? Sobre a participação dela, esclarecemos que seria mais interessante se ela conversasse com os participantes sobre a elaboração de projetos e trabalhos, não fazendo do workshop somente uma avaliação de como os projetos são apresentados, ou seja, uma discussão de conceitos dos trabalhos em si e não da formatação dos projetos. Ela própria levantou que o fato de ter sido uma das juradas da seleção poderia ser uma possível fonte de problemas na medida em que daria margem para que algum participante encarasse o workshop como uma oportunidade para tirar satisfações sobre a seleção, o que realmente não é o intuito do workshop. Por isso, permaneceu em aberto a possibilidade de restringir os projetos participantes no workshop somente a aqueles que não tenham sido enviados à Temporada de Projetos do Paço. A Paula também nos avisou de uma exposição recem inaugurada no Pompidou: “Vides” (“vazios”), que trata de exposições vazias propostas por diversos artistas. Veja o texto da própria Paula sobre a exposição para a revista Istoé.
Fotografia de uma das salas vazias do Centre Pompidou, para a exposição retrospectiva "Vides", composta apenas por salas vazias

Fotografia de uma das salas vazias do Centre Pompidou, para a exposição retrospectiva "Vides", composta apenas por salas vazias

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19/02/2009

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Encontro com Hans Ulrich Obrist

Não sabiamos muito bem o que iria resultar do encontro que marcamos com o curador franco-suiço. Pretendíamos conversar muitas coisas, saber detalhes sobre os projetos que ele vem realizando e contar sobre a Temporada de Projetos na Temporada de Projetos. Não tínhamos nenhum convite específico para fazer a ele. Sabíamos que iria ser “a very informal talk”, “briefly”, “even just a “coffee break”, conforme combinamos nos e-mails mediados pela secretária dele, Lorraine Two. Talvez ele faria algum comentário ou sugestão pertinente para o nosso projeto, falasse do formato de exposições e palestras ou do caráter interdisciplinar da proposta, como fez o Boris Groys. Enfim, fomos ao encontro sem um objetivo definido, afinal, considerávamos ele “o cara da conversa“, então, esperávamos que assuntos interessantes fossem surgir de qualquer modo.
Prédio onde se encontra o escritório de Hans Ulrich Obrist em Londres.

Fachada do prédio onde se encontra o escritório de Hans Ulrich Obrist em Londres.

Eram dez e pouco de uma manhã de quinta-feira e estávamos um pouco atrasados (demoramos para encontrar o endereço), mas mesmo assim esperamos mais alguns minutos para Mr. Obrist nos receber no apertado escritório próximo ao Hyde Park, em Londres. Podíamos escutá-lo falando ao telefone em inglês e alemão desde a saleta que estávamos. Estava um cheiro ruim, e uma das duas simpáticas assistentes do HUO presentes na sala pediu desculpas dizendo que o cheiro vinha de um problema no frigobar. A saleta, que mais parecia um pequeno corredor, continha uma estante bagunçada com todos os livros de autoria do HUO e pilhas e pilhas de pastas-arquivo de entrevistas realizadas por ele. Quando nos chamaram para entrar na sala, também pequena e desorganizada, que se encontrava Mr. Obrist, ele continuava no telefone, e mesmo depois, enquanto conversávamos com ele, a cabeça dele parecia “dontstopdontstopdontstopdontstop…“: mandava mensagens pelo celular, riscava um papel, olhava pro lado, olhava para baixo, olhava pra cima, e fazia comentários breves, bastante breves, a respeito do que falávamos. Um deles foi que ele virá para o Brasil em Junho para lançar parte da sua série de livros de entrevistas, e também que ele já havia visitado o país em 2002 para conversar com o Prof. Walter Zanini, junto com o Ivo Mesquita e o Adriano Pedrosa, para uma coletânea de entrevistas só com curadores que gerou o livro recém lançado “A brief history of curating“. Outro comentário foi que pensa as “maratonas” que organizou como se fossem um woodstock de conversas com artistas, no sentido de que uma conversa ocorre atrás de outra por um longo período de tempo. HUO pareceu bem incomodado com as coisas que ele tinha para fazer, e nosso encontro, que durou apenas 15 minutos, acabou parecendo um fracasso. Ao contrário do que imaginávamos, talvez ele esperasse algo mais objetivo. Não conseguimos comentários sobre a nossa curadoria e nem saber mais detalhes das curadorias que ele vem realizando ou realizará.  Todas as respostas que tínhamos pareciam desinteressadas. Ele nos presenteou com o livro “Do it“, versão realizada por estudantes do “VCA Centre for Ideas” (de Melbourne) e do “Central Academy of Fine Arts” (Beijing). Segundo ele, o projeto “Do It”, que nós já conhecíamos, tem similaridades com nosso projeto de curadoria. O “Do it” surgiu em 1993 a partir de uma conversa de Hans Ulrich Obrist com os artistas Christian Boltanski e Bertrand Lavier no Café Select, em Paris, e desde então consiste em um modelo de exposição móvel, aberta, e em curso, em que artistas elaboram instruções/procedimentos de execução de trabalhos que podem ser feitos em diversos locais (funciona como uma partitura musical). Parte da idéia de que de uma mesma instrução, executada por indivíduos diferentes e/ou em locais diferentes,  são criadas interpretações distintas e, consequentemente, obras distintas. Nos despedimos, e ficamos de nos falar na vista de Hans Ulrich ao Brasil, em Junho de 2009. Em seguida fomos ver a exposição “Indian Highway” na “Serpentine Gallery” e após a visita sentamos  na frente da galeria para esperar uma amiga chegar. Abrimos os livros que Hans Ulrich Obrist nos presenteou. Durante nossa leitura, o curador e autor dos livros que estavam nas nossas mãos passou por nós e entrou na galeria.
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O que é um jovem crítico?

Fernando Oliva, gerente de projetos do Paço, nos enviou um email sobre a possibilidade de termos alguém que escreva  sobre o nosso projeto e perguntou se nós tinhamos alguma indicação, tendo o perfil “jovem crítico” como condição. Além de ficarmos na dúvida se isso substituiria nosso próprio texto de apresentação, ficamos nos perguntando o que exatamente seria um “jovem crítico”. E sentimos uma carência de uma indicação de alguém que fosse da nossa geração — ou seja: nascidos no começo dos anos 80 — e que tivesse interesse por crítica de arte. E inclusive já estávamos um pouco insatisfeitos com o campo da crítica de arte no Brasil em geral, assunto sobre o qual vínhamos conversando com o Deyson Gilbert (artista) e a Clarissa Diniz (artista e co-fundadora da revista Tatuí). Estas duas pessoas, Deyson e Clarissa, poderiam ser duas indicações possíveis a esse “cargo”, mas mesmo assim seguimos inseguros com a função e ficamos sem dar uma resposta definitiva.
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