Arquivo do mês de agosto de 2009
Lista de participantes que exporão seus projetos
A.Luisa Guimarães Galvão (46), Águeda Ferrão (39), Alberto Lefèvre (112), Alexandre Damiano Junior (155), Alice Grou (50), Alice Ricci (91), Amanda Mei (2), Amir Brito Cadôr (241), Ana Basbaum (6), Ana Lucia Mariz (49), Ana N. Zveibil (226), Ana Sefair Mitre (152), Anaisa Franco (175), Andrea Xavier (89), Anne Cartault d’Olive (111), Bárbara de Azevedo (311), Bernadete Amorim (33), Beth da Matta (312), Bruna Oliveira (99), Camila Alvite (45), Camila Barbosa (172), Carla Chaim (133), Carla Guimarães Hermann (66), Carol Seiler (35), Carolina Cortes (266), Caru Albuquerque (137), Celeste Gimenez (77), Cesar Baio (271), Chico Zelesnikar (214), Claudio Matsuno (29), Cleone Augusto (300), Coletivo Vizo (134), Cristiano Lenhardt e Fernanda Gassen (322), Daniel Caballero (87), Daniel Seda (232), Daniel Tavares (13), Danielle Jacob (148), Danilo Perillo (109), Daré (179), Diego Bachmann (276), Diego Castro (82), Evandro Prado (7), Fabiana Queirolo (123), Fabinho Santana (40), Fabio Masami Hirakawa (36), Fabio Okamoto (12), Fabiola M. R. Racy (56), Fabrício Carvalho (201), Fernanda Eva (140), Fernanda Proença (165), Fernando Cardoso (18), Fernando Doria (81), Fernando E. Aznar (60), Flávia Fernandes (168), Flávio Abuhab (28), Francisco Edilberto (249), Gabriela de Andrade (9), Guilherme Callegari (64), Helen Faganello (58), Helga Miethke (106), Hóspede (147), Ivan Magalhães (216), Jimson Vilela (213), Joana Traub Csekö (318), João César de Melo (19), João Manuel Feliciano (307), Josette Barban (79), Julia Ishida (47), Juliana Bittencourt (183), Kamel Ilian (4), Kátia Fiera (103), Kelson Frost (231), Laerte Ramos (176), Leonardo Araújo (222), Leonardo Fanzelau (26), Leticia Ramos (294), Lílian Santos Gomes (225), Lina Wurzmann (138), Lucas Guerreiro (15), Luciana Ohira e Sérgio Bonilha (220), Luciano Zanette (243), Lúcio Carvalho (265), Luiz Cláudio Campos e José Henrique Barreto (251), Luiz Rodolfo Annes (25), Luiz Telles (139), Luiza Proença e Roberto Winter (121), Madu Almeida (118), Marcelino Peixoto (84), Marcelo Caldas (309), Marcelo Gandhi (22), Marcelo Maimoni (248), Márcio Távora (104), Marcos P A (132), Margarete Maria (268), Maria do Céu Diel (71), Maria Helena Bastos (297), Mariana Shellard (142), Maurício Ianês (44), Michel Groisman (315), Mirela Luz (267), Miriam Duarte Teixeira (115), Monica Tinoco (116), Newman Schutze (246), Nilson Sato (65), Paló Pessoa (14), Patrícia Golombek (52), Paula Almozara (154), Paula Fabiana (240), Paulo Mendes Faria (313), Paulo Nazareth (239), Paulo Torres (32), PINO (119), Raquel Gianneschi (101), Regina Parra (164), Renata Bueno (11), Renata Cruz (187), Renata Padovan (110), Renata Siqueira Bueno (83), Renato Leal (171), Ricardo Aguiar (75), Roberta Cani (194), Roberto Fleury (73), Rodrigo Carvalho (51), Rodrigo Castro de Jesus (269), Rosa Barreiros (16), Rosa Esteves (20), Rosilene Fontes (200), Salete Ribeiro (159), Sami Akl (221), Samir Jamal (195), Sandra Lapage (34), Sandra Lopes (193), Sérgio Regis Martins (93), Sheila Hara (284), Silvia Helena Cardoso (210), Simone Höfling (127), Susana Prizendt (92), Suzanne Salviní (41), Sylvana Lobo (70), Tarcisio Costa (80), Teresa Gambino (78), Tortella (114), Velasco (190), Virgilio Bomfim (314), Vitor Mizael (166), Wagner Cozzolino (24), Walter Trindade (72), William Golino (186), Willyams Martins (302), Zeljko Ungar (94).(Em breve a lista estará disponível na seção participantes deste site)
Encontro com Luisa Duarte
Nos encontramos hoje com Luisa Duarte para definirmos melhor como será a participação dela na Temporada de Projetos na Temporada de Projeots. Ela é uma das convidadas a ministrar um workshop dentro do ciclo de workshops que lidam com análise e elaboração de projetos.
Contamos um pouco como será a exposição e também a natureza do nosso convite. Em especial, comentamos sobre uma espécie de dificuldade que tem nos surpreendido que é a reação à liberdade que oferecemos aos convidados para ministrar palestras e workshops. Temos deixado claro para todos os convidados a liberdade para desenvolverem as atividades da maneira que mais lhes convenha (ou seja, que tenha mais ressonância com seus interesses, suas pesquisas, seus modos de atuar, etc), temos em alguma medida até incentivando experimentações dentro dos formatos mais convencionais (de palestras e workshops). Imaginávamos que essa liberdade aumentaria o interesse no convidado em desenvolver a atividade, no entanto, a reação surpreendente é que ela acaba gerando uma reação reticente, de afastamento ou desconforto. Não temos como saber exatamente os motivos que levam a essa reação, e uma elaboração maior mereceriam um outro post, mas talvez podem passar por: o fato dessa liberdade pressupor um envolvimento e responsabilidades maiores, uma sensação dos convidados de falta de definição de qual é exatamente o nosso convite, medo de experimentar outros formatos (principalmente por eles poderem não funcionar), desinteresse em envolver-se, etc.
Ao contrário dessa reação, Luisa Duarte foi muito prática e já sugeriu, pelo menos em esboço, como lhe interessaria fazer o workshop. Já tendo participado de situações semelhantes de análise de projetos, ela comentou sobre a dificuldade de estabelecer parâmetros para falar sobre os projetos nessas situações. Além disso, apontou a situação comum na qual quem ministra o workshop se depara pela primeira vez com o projeto minutos antes de que já se espere dele uma reação crítica e analítica muito mais profunda do que é possível fazer nesse tempo tão curto. Isso acaba gerando frustração tanto em quem ministra o workshop quanto em quem participa, pois a expectativa de um determinado retorno nem sempre é correspondida.
Para lidar com essas dificuldades, ela sugeriu que o workshop contasse com artistas convidados por ela para apresentarem projetos (ou mesmo que ela apresentasse projetos deles). O primeiro benefício seria, levando em consideração que ela convidaria artistas/projetos com os quais tem mais familiaridade e vem acompanhando a trajetória, que o tempo curto de reação a uma proposta seria minimizado. Além disso, a apresentação destes projetos facilitaria o estabelecimento de parâmetros a partir do qual seria possível discutir com os projetos dos outros participantes do workshop.
Ela também deu importância que as atividades que estamos propondo sejam documentadas, e no caso dos workshops a melhor maneira de registrá-los seria por meio de um relato, já que um registro em vídeo ou áudio de um evento como esse (mais informal do que uma palestra) pode torná-lo inacessível a quem não estava presente.
Projeto Portfólio: terceiro encontro
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No final do encontro conversamos com o Michel Groiman sobre a Temporada de Projetos na Temporada de Projetos. Ele comentou que gostou muito da idéia de exposição, mas que gostaria de sugerir que cada participante, expositor de projeto, recebece um valor em dinheiro simbólico. Nós explicamos a ele que chegamos a pensar nessa possibilidade, porém como nós temos um orçamento muito pequeno achamos que seria um dinheiro muito insignificante para muito trabalho, pois para cada um dos participantes receber sua parte seria necessário entregar uma grande quantidade de documentos para a instituição, fato que poderia inclusive gerar a desistências de algumas participações!A curiosa divulgação do Edital Temporada de Projetos 2010
Folder
Em “The Loneliness of the Project“, Boris Groys defende que a formulação de uma grande variedade de projetos se tornou a maior preocupação do homem contemporâneo. Segundo ele, “nos dias de hoje qualquer que seja o objetivo que se queira perseguir no campo econômico, político ou cultural, é necessário primeiro formular um projeto adequado para submetê-lo para aprovação ou financiamento oficial de uma ou várias autoridades públicas”.[1] Groys também afirma que Hegel já apontava a origem da necessidade de elaborar projetos como uma característica de todas as sociedades pós-revolucionárias pelo fato de que “prescrevem objetivos racionais, procedimentos e estratégias aos seus membros, e exigem deles explicações, justificativas e planos precisos”.[2] Dentro do campo das artes visuais ocorre exatamente o mesmo. Em momentos variados, como por exemplo para a produção de uma exposição, criação de um museu ou centro cultural e mesmo para o desenvolvimento de uma obra de arte, é imprescindível a elaboração de um projeto. Na maioria das vezes este projeto é formatado e re-formatado para ser apresentado em vários contextos institucionais que exigem determinados padrões para que uma avaliação seja possível dentro de seus programas periódicos que convocam o envio de projetos artísticos. Dentro do Paço das Artes, a “Temporada de Projetos” desempenha esse papel. Desde 1999 convoca, por meio de edital público, artistas de todo o país a enviarem seus projetos para que sejam realizados na instituição. Como em tantos outros programas deste tipo, também na “Temporada de Projetos” é inacessível ao público a origem das obras apresentadas, ou seja, a etapa inicial da produção artística (projeto) costuma ser velada já que as obras de arte geralmente são apresentadas como um produto acabado.A exposição
“Temporada de Projetos na Temporada de Projetos” pretende estabelecer uma rede de reflexões sobre processos artísticos e curatoriais e oferecer um espaço de debate por meio das seguintes propostas:
- Uma exposição de projetos na qual todos os 322 artistas e curadores que enviaram projetos para o “Edital Temporada de Projetos 2009” do Paço das Artes foram convidados a participar, independente do resultado da seleção. Desses 322 inscritos, participam da exposição cerca de 150 projetos.[3]
- Realização de atividades por meio das quais pretende-se esclarecer, ampliar e aprofundar os temas sugeridos pela apresentação dos projetos. São oficinas e palestras que acontecem no espaço expositivo e cujos formatos são repensados junto com cada um dos convidados para ministrá-las. Como parte dessas atividades está prevista uma série de encontros com docentes de diversas unidades da Universidade de São Paulo, convidados para apresentar e refletir sobre a noção de projeto em suas respectivas áreas de conhecimento, contribuindo assim para o debate na área de artes.
- A criação e manutenção do website http://projetosnatemporada.org, onde são documentados os processos de desenvolvimento das propostas anteriores. Outros recursos da internet como Twitter, Facebook, del.icio.us e listas de discussão também são utilizados para divulgação, relatos, registros, referências e debates.
Notas
[1] – GROYS, Boris. “The Loneliness of the Project”. In: WOENSEL, Jan Van (Ed.) “New York Magazine of Contemporary Art and Theory”, Issue 1.1, 2002. Disponível em: www.ny-magazine.org/PDF/Issue%201.1.%20Boris%20Groys.pdf [2] – GROYS, Boris. “The Mimesis of Thinking”. In: DE SALVO, Donna (Ed.) “Open Systems”, Tate, 2005. [3] – Dentre os 172 restantes, 61 recusaram o convite para participar, 89 não se manifestaram e 22 não enviaram a documentação necessária para efetivar sua participação apesar de terem demonstrado interesse na exposição.