26/08/2009

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Perguntas de parede

Fizemos um exercício registrando várias perguntas que gostaríamos que fossem o texto de parede da exposição. Resolvemos começar fazendo as perguntas mais ligadas à idéia de projeto e incluir as perguntas que nos motivaram a desenvolver a exposição. Tudo ainda muito cru.
nossas perguntas cortadas em tirinhas sobre a mesa

nossas perguntas cortadas em tirinhas sobre a mesa

O que é um projeto?

Porque fazer um projeto? O que se espera encontrar em um projeto? Qual o destino do projeto?

O que são e como são projetos artísticos? Um projeto artístico pode estar no lugar de uma obra? O projeto contém uma parte do processo criativo?

O que significa projeto em outras áreas?

Qual relação da elaboração de projetos com a prática artística? Como essa lógica determina um tipo de arte, privilegiando um tipo de produção? Porque instituições fazem programas que se realizam a partir de projetos?

Um projeto não aceito é um projeto que falha?

O que acontece com o projeto uma vez que o que projeta concretiza-se? Qual o lugar de um projeto que não foi realizado? O que ocorre, como transcorre o tempo entre a elaboração do projeto e a realização do que ele propõe?

Como instaurar um lugar político e não só mudar o formato expositivo? Uma exposição pode se configurar como pergunta e não resposta? Qual a diferença entre curadoria e seleção? Como se faz uma exposição? Como se faz uma curadoria?

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Reunião com educativo

Como já estamos em fase de decidirmos tudo que vai para a exposição marcamos uma outra reunião com o núcleo educativo do Paço das Artes para colocá-lo a par do que vem acontecendo e também para que os seus integrantes possam sugerir e pedir algumas coisas, principalmente no que se refere a expografia. Nesta reunião estiveram presentes os educadores Maralice Camillo e o Vinícius Alcadipani. A Christiana Moraes e o Claudinei Roberto da Silva, os dois coordenadores do núcleo, não puderam comparecer por conta de outros compromissos.
O assunto principal da nossa conversa foi como estamos pensando, junto com o Álvaro Razuk e a Ligia Nobre, o espaço expositivo e principalmente em como o público irá interagir com ele.
Um tópico que reapareceu durante a conversa foi a possibilidade (e necessidade) de que sempre haja alguém no espaço, como um orientador para o manuseio dos projetos que também pudesse oferecer uma porta de entrada para um diálogo sobre a exposição com cada visitante. Esse alguém não pode ser nenhum dos educadores, que sempre tem grupos para atender, porém existe a possibilidade relocar uma pessoa que atualmente fica na recepção ou ainda que um dos futuros estagiários (que o educativo terá em breve) seja designado para essa função. A outra opção (a pior delas, para nós que temos um orçamento muito restrito) seria contratar uma pessoa de fora por dois meses. Comentamos com eles sobre o texto do folder (que fizemos recentemente) e que pretendemos também ter um texto de parede (este em elaboração), porém o Paço das Artes tem uma política de não usar textos de parede nas exposições e por isso precisamos de uma autorização da diretoria. Pensamos esse texto não como um texto informativo, como talvez seja o texto do folder, mas sim um texto que seja formado exclusivamente por perguntas. Esse formato se refere também à nossa idéia recorrente de que uma exposição ou curadoria pode se apresentar como uma pergunta e não uma resposta, resultado de uma tese, pesquisa, ou ainda uma solução. Além de colocar as questões, explicamos ao educativo, gostaríamos de deixar um espaço para que o público pudesse fazer outras perguntas e que assim elas pudessem ser agregadas ao “texto curatorial” da parede.
Explicamos que os projetos estarão dipostos em prateleiras por numeração e que o visitante poderá encontrar todos os nomes dos participantes no folder, seguidos do número correspondente ao seu projeto. Uma das coisas que pensamos com a Ligia Nobre é que o público pudesse fazer algo como “roteiros”, que seriam sugestões de projeto para outros que forem visitar a exposição possam consultá-los (em outras palavras, os visitantes podem fazer seleções de projetos e deixá-las registradas para outros visitantes). Esses roteiros poderão estar disponíveis em um mural tipo cortiça (algo que acreditamos que o Álvaro deva ter esquecido de colocar no desenho do espaço!).
Outro item que surgiu na conversa foi(foram) o(s) computador(es) que estarão no espaço; já que eles poderão ser utilizados para muitas dessas atividades (os roteiros, por exemplo, podem ser adicionados diretamente a este site; as perguntas-adendo ao “texto curatorial” também). Vinícius sugeriu também que o computador conectado ao projetor poderia, em seu tempo ocioso (salva telas), mostrar alguns dos comentários deixados pelos visitantes, funcionando também como adendo ao texto de parede. Segundo Vinícius, algo similar ocorreu na exposição “Estado de Exceção“, que também ocorreu no Paço. Falamos também que gostaríamos de deixar marcado no espaço com um pequeno tracejado (em A4 ou A5) nas prateleiras as ausências daqueles que foram convidados a participar mas que recusaram ou não responderam ao nosso convite. Mais ainda, gostaríamos de colocar as cerca de 40 razões pelas quais alguns dos que recusaram afirmam não quererem participar. Para nós, a inclusão desses motivos de recusa é de extrema importância, pois além de material para discussão eles fazem com que a exposição ganhe um caráter contraditório, ou seja, os motivos podem revelar que do espaço de exposição é uma zona de tensão, ilegitimação e incerteza, algo que para nós interessa muito mais do que algo que possa parecer uma afirmação (e retoma diretamente a idéia da dúvida, das perguntas em aberto). Porém, ainda não sabemos se poderemos usar esses documentos, por motivos jurídicos. A idéia de exibir as recusas interessou muito o educativo, que nos perguntou se nós poderíamos informar a eles todos os “nãos” que já recebemos, tanto dos convidados quanto do próprio Paço das Artes no desenvolvimento da Temporada de Projetos na Temporada de Projetos. Outra coisa que conversamos foi sobre a organização do Projeto Portfólio (no qual o educativo tem convidado os artistas que expõem na Temporada de Projetos). O educativo já tinha sugerido que além de um encontro conosco dentro desse projeto poderíamos marcar dois encontros para que alguns artistas participantes (com projetos) interessados pudessem falar sobre seus trabalhos ao público. Esses dois dias já estão marcados, mas ainda vamos contatar todos para ver quem tem interesse para falar no Portifólio. Como o nosso contato com os inscritos foi muito intenso no primeiro semestre, dissemos a eles que preferimos organizar tudo o que falta e só depois, em breve, contatar novamente a todos. Em relação ao calendário, Maralice e Vinícius perguntaram também sobre quando vamos divulgar as datas de todos os eventos (para que eles possam enviar convites por e-mail). Com a ajuda do Maikon Rangel, nós ainda estamos fechando as datas com todos os convidados e por isso acreditamos que essa divulgação só será feita quando nos aproximarmos da abertura da exposição. Por falar em abertura… revelamos também a nossa preocupação na abertura do evento, no dia 5 de outubro, uma vez que haverá muita gente presente e que isso poderá gerar uma desorganização do espaço. Contaremos com o fato de que o educativo também trabalha nas aberturas e pode ajudar para que isso não ocorra, mas que até lá podemos também pensar em outras alternativas de segurança sem que isso impeça ou iniba o contato do público com os projetos. Fizemos ainda uma sugestão de mediação durante as visitas: que o educativo pudesse propor uma reflexão tanto em relação a idéia de “projeto” no sentido mais generalizado, mas também que partisse para esferas mais específicas das propostas de cada projeto, do conteúdo deles e o que eles significam e podem dizer sobre uma obra a um outro; isso aumenta consideravelmente as possibilidades de abordagem do material disponível. Tudo isso que gostaríamos de esclarecer ao educativo também parte de uma vontade nossa que esse braço da instituição participe mais ativamente da proposta e processo curatorial, e que a partir de algumas concepções possam também propor e pedir coisas. Assim, além das nossas sugestões de mediação com o público esperamos que eles também nos tragam idéias e que possamos discutir juntos. Uma outra via dessa aproximação que propusemos foi o espaço deste blog, que abrimos para publicação de posts elaborados pelo educativo também.
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18/08/2009

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Folder 2 – o Folder

Recebemos o boneco digital de como será o folder da exposição. Ficamos bastante surpresos e satisfeitos com a a qualidade da solução para a diagramação dos elementos do folder, principalmente com a solução para a apresentação dos nomes dos participantes da exposição (que também servirá como guia para consulta aos projetos). Como a cor exata não estava à mão dos designers, o preto foi usado para dar uma idéia do preenchimento.
Folder Curadoria

Verso do folder. Clique na imagem para ampliar.

Folder curadoria

Frente do folder. Clique na imagem para ampliar.

Vimos alguns pequenos problemas, como a falta de indentação
Falta de indentação no primeiro parágrafo do folder

Falta de indentação no primeiro parágrafo do folder. Clique na imagem para ampliar.

e também um título do texto que virou parte dele
Inserção do título "A Exposição" no texto.

Inserção do título "A Exposição" no texto. Clique na imagem para ampliar.

Esses pequenos problemas foram corrigidos, exceto pelas inúmeras vírgulas inseridas pela revisão, sobre as quais optamos nem comentar com a equipe do Paço. A primeira alteração mais substancial que sugerimos foi a troca de uma das imagens que já aparecia em nosso projeto por uma foto da página do projeto em si onde a imagem aparece, ou seja:
Substituição de uma das imagens por fotografia do projeto.

Substituição de uma das imagens por fotografia do projeto. Clique na imagem para ampliar.

A intenção seria, com essa troca, evidenciar que a exposição trata dos projetos em si e das etapas de sua produção, formatação, apresentação e assim por diante. Pensávamos que, dessa forma, as imagens teriam um papel que vai além da mera ilustração. Mas,  de longe o mais importante, é o fato de que nossos nomes aparecem na capa, em um tamanho enorme, o que demonstra uma vaidade e culto a personalidade muito desproporcional ao que acreditaríamos que deveria ser dada aos ‘curadores’. Segundo a equipe do Paço, esse era o projeto gráfico original e ele apenas havia sido mantido (os designers que fizeram esse projeto já não trabalham mais com o Paço e quem faz as novas peças são outros designers, que seguem o projeto anterior). Pedimos e sugerimos que os nomes fossem trocados pelo nome da exposição, já que ainda que faça certo sentido colocar os nomes dos artistas da temporada assim em destaque (como indicava o projeto original) nos parece que no caso do projeto de exposição (ou curadoria) seria mais sensato que fosse indicado o nome da exposição selecionada (Temporada de Projetos na Temporada de Projetos). Se não por muitos outros motivos, pelo menos pelo fato de que são mais de 150 pessoas que participam da exposição e cujos nomes são tão importantes, se não mais, que os nossos.
Troca dos nomes dos curadores pelo nome da exposição.

Troca dos nomes dos curadores pelo nome da exposição. Clique na imagem para ampliar

Infelizmente nenhuma das duas propostas de alteração substancial foi aceita.
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17/08/2009

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Lista de participantes que exporão seus projetos

Depois de meses de trabalho e várias autorizações, hoje fechamos a lista final de participantes da exposição, ou seja, pessoas cujos projetos serão exibidos para consulta dentro do espaço expositivo. De um total de 322 inscritos, serão 151 expostos. Os projetos estarão organizados de acordo com os seus números de inscrição (numeração dada pela equipe do Paço). Segue a lista dos participantes em ordem alfabética de primeiro nome:
A.Luisa Guimarães Galvão (46), Águeda Ferrão (39), Alberto Lefèvre (112), Alexandre Damiano Junior (155), Alice Grou (50), Alice Ricci (91), Amanda Mei (2), Amir Brito Cadôr (241), Ana Basbaum (6), Ana Lucia Mariz (49), Ana N. Zveibil (226), Ana Sefair Mitre (152), Anaisa Franco (175), Andrea Xavier (89), Anne Cartault d’Olive (111), Bárbara de Azevedo (311), Bernadete Amorim (33), Beth da Matta (312), Bruna Oliveira (99), Camila Alvite (45), Camila Barbosa (172), Carla Chaim (133), Carla Guimarães Hermann (66), Carol Seiler (35), Carolina Cortes (266), Caru Albuquerque (137), Celeste Gimenez (77), Cesar Baio (271), Chico Zelesnikar (214), Claudio Matsuno (29), Cleone Augusto (300), Coletivo Vizo (134), Cristiano Lenhardt e Fernanda Gassen (322), Daniel Caballero (87), Daniel Seda (232), Daniel Tavares (13), Danielle Jacob (148), Danilo Perillo (109), Daré (179), Diego Bachmann (276), Diego Castro (82), Evandro Prado (7), Fabiana Queirolo (123), Fabinho Santana (40), Fabio Masami Hirakawa (36), Fabio Okamoto (12), Fabiola M. R. Racy (56), Fabrício Carvalho (201), Fernanda Eva (140), Fernanda Proença (165), Fernando Cardoso (18), Fernando Doria (81), Fernando E. Aznar (60), Flávia Fernandes (168), Flávio Abuhab (28), Francisco Edilberto (249), Gabriela de Andrade (9), Guilherme Callegari (64), Helen Faganello (58), Helga Miethke (106), Hóspede (147), Ivan Magalhães (216), Jimson Vilela (213), Joana Traub Csekö (318), João César de Melo (19), João Manuel Feliciano (307), Josette Barban (79), Julia Ishida (47), Juliana Bittencourt (183), Kamel Ilian (4), Kátia Fiera (103), Kelson Frost (231), Laerte Ramos (176), Leonardo Araújo (222), Leonardo Fanzelau (26), Leticia Ramos (294), Lílian Santos Gomes (225), Lina Wurzmann (138), Lucas Guerreiro (15), Luciana Ohira e Sérgio Bonilha (220), Luciano Zanette (243), Lúcio Carvalho (265), Luiz Cláudio Campos e José Henrique Barreto (251), Luiz Rodolfo Annes (25), Luiz Telles (139), Luiza Proença e Roberto Winter (121), Madu Almeida (118), Marcelino Peixoto (84), Marcelo Caldas (309), Marcelo Gandhi (22), Marcelo Maimoni (248), Márcio Távora (104), Marcos P A (132), Margarete Maria (268), Maria do Céu Diel (71), Maria Helena Bastos (297), Mariana Shellard (142), Maurício Ianês (44), Michel Groisman (315), Mirela Luz (267), Miriam Duarte Teixeira (115), Monica Tinoco (116), Newman Schutze (246), Nilson Sato (65), Paló Pessoa (14), Patrícia Golombek (52), Paula Almozara (154), Paula Fabiana (240), Paulo Mendes Faria (313), Paulo Nazareth (239), Paulo Torres (32), PINO (119), Raquel Gianneschi (101), Regina Parra (164), Renata Bueno (11), Renata Cruz (187), Renata Padovan (110), Renata Siqueira Bueno (83), Renato Leal (171), Ricardo Aguiar (75), Roberta Cani (194), Roberto Fleury (73), Rodrigo Carvalho (51), Rodrigo Castro de Jesus (269), Rosa Barreiros (16), Rosa Esteves (20), Rosilene Fontes (200), Salete Ribeiro (159), Sami Akl (221), Samir Jamal (195), Sandra Lapage (34), Sandra Lopes (193), Sérgio Regis Martins (93), Sheila Hara (284), Silvia Helena Cardoso (210), Simone Höfling (127), Susana Prizendt (92), Suzanne Salviní (41), Sylvana Lobo (70), Tarcisio Costa (80), Teresa Gambino (78), Tortella (114), Velasco (190), Virgilio Bomfim (314), Vitor Mizael (166), Wagner Cozzolino (24), Walter Trindade (72), William Golino (186), Willyams Martins (302), Zeljko Ungar (94).
(Em breve a lista estará disponível na seção participantes deste site)
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17/08/2009

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Encontro com Luisa Duarte

Nos encontramos hoje com Luisa Duarte para definirmos melhor como será a participação dela na Temporada de Projetos na Temporada de Projeots. Ela é uma das convidadas a ministrar um workshop dentro do ciclo de workshops que lidam com análise e elaboração de projetos.

Contamos um pouco como será a exposição e também a natureza do nosso convite. Em especial, comentamos sobre uma espécie de dificuldade que tem nos surpreendido que é a reação à liberdade que oferecemos aos convidados para ministrar palestras e workshops. Temos deixado claro para todos os convidados a liberdade para desenvolverem as atividades da maneira que mais lhes convenha (ou seja, que tenha mais ressonância com seus interesses, suas pesquisas, seus modos de atuar, etc), temos em alguma medida até incentivando experimentações dentro dos formatos mais convencionais (de palestras e workshops). Imaginávamos que essa liberdade aumentaria o interesse no convidado em desenvolver a atividade, no entanto, a reação surpreendente é que ela acaba gerando uma reação reticente, de afastamento ou desconforto. Não temos como saber exatamente os motivos que levam a essa reação, e uma elaboração maior mereceriam um outro post, mas talvez podem passar por: o fato dessa liberdade pressupor um envolvimento e responsabilidades maiores, uma sensação dos convidados de falta de definição de qual é exatamente o nosso convite, medo de experimentar outros formatos (principalmente por eles poderem não funcionar), desinteresse em envolver-se, etc.

Ao contrário dessa reação, Luisa Duarte foi muito prática e já sugeriu, pelo menos em esboço, como lhe interessaria fazer o workshop. Já tendo participado de situações semelhantes de análise de projetos, ela comentou sobre a dificuldade de estabelecer parâmetros para falar sobre os projetos nessas situações. Além disso, apontou a situação comum na qual quem ministra o workshop se depara pela primeira vez com o projeto minutos antes de que já se espere dele uma reação crítica e analítica muito mais profunda do que é possível fazer nesse tempo tão curto. Isso acaba gerando frustração tanto em quem ministra o workshop quanto em quem participa, pois a expectativa de um determinado retorno nem sempre é correspondida.

Para lidar com essas dificuldades, ela sugeriu que o workshop contasse com artistas convidados por ela para apresentarem projetos (ou mesmo que ela apresentasse projetos deles). O primeiro benefício seria, levando em consideração que ela convidaria artistas/projetos com os quais tem mais familiaridade e vem acompanhando a trajetória, que o tempo curto de reação a uma proposta seria minimizado. Além disso, a apresentação destes projetos facilitaria o estabelecimento de parâmetros a partir do qual seria possível discutir com os projetos dos outros participantes do workshop.

Ela também deu importância que as atividades que estamos propondo sejam documentadas, e no caso dos workshops a melhor maneira de registrá-los seria por meio de um relato, já que um registro em vídeo ou áudio de um evento como esse (mais informal do que uma palestra) pode torná-lo inacessível a quem não estava presente.

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Projeto Portfólio: terceiro encontro

Nota introdutória: ao contrário do primeiro e do segundo, para este relato do terceiro encontro do Projeto Portfólio iremos experimentar um novo formato, um Podcast. Nossa idéia era não repetir o que aconteceu no último encontro do projeto Portfólio, organizado pelo educativo do Paço das Artes: chegarmos atrasados e perder parte da fala dos artistas (naquele caso, perdemos parte da fala do Laerte Ramos). Porém, no encontro do dia 15 de Agosto, em que foram convidados a falar o PINO, o Michel Groiman e o Maurício Ianês (artistas da 3a Temporada de Projetos), chegamos muito mais atrasados! Para nossa surpresa, encontramos pouquíssimas pessoas reunidas (em torno de 11 pessoas, sendo que 3 pessoas eram artistas da Temporada de Projetos e 4 do educativo do Paço das Artes) e a conversa ainda não tinha começado. Somente quando chegamos é que Michel Groisman iniciou a sua apresentação. As apresentações tanto de Michel Groisman quanto da PINO foram bastante instigantes e geraram discussões (ainda que a do primeiro tenha tido um momento rico que não é possível reviver numa gravação como essas, na qual foi jogado o “Polvo”). Após o seu relato, Michel deu a voz aos dois artistas da PINO, que fizeram uma apresentação por meio do seu website http://pino.tc/. O artista Maurício Ianês não compareceu ao evento, e portanto somente o Michel Groiman e o PINO que falaram sobre seus trabalhos. Os arquivos de áudio a seguir são resultado de gravação realizada no Paço das Artes no dia 15 de Agosto de 2009. Michel Groisman:

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PINO:

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Durante sua fala, Michel Groisman propôs uma partida rápida de Polvo, para diversão (e constrangimento?) de todos.

Durante sua fala, Michel Groisman propôs uma partida rápida de Polvo, para diversão (e constrangimento?) de todos. Clique na imagem para ver outras fotos do encontro com os artistas.

No final do encontro conversamos com o Michel Groiman sobre a Temporada de Projetos na Temporada de Projetos. Ele comentou que gostou muito da idéia de exposição, mas que gostaria de sugerir que cada participante, expositor de projeto, recebece um  valor em dinheiro simbólico. Nós explicamos a ele que chegamos a pensar nessa possibilidade, porém como nós temos um orçamento muito pequeno achamos que seria um dinheiro muito insignificante para muito trabalho, pois para cada um dos participantes receber sua parte seria necessário entregar uma grande quantidade de documentos para a instituição, fato que poderia inclusive gerar a desistências de algumas participações!
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